290 policiais participam da Operação |
Delegacia de Polícia Regional (DPR) de Três Passos, com
apoio do Departamento de Polícia Metropolitana e Departamento de Polícia do
Interior, deflagraram na manhã desta terça-feira (18/09) a Operação Babilônia
em oito municípios daquela região.
A ação - coordenada pelos delegados Joerberth Pinto, da
Delegacia Fazendária, do Deic, e Cristiane Moura, da 22ª DPR - tem como
objetivo o combate aos crimes contra a Administração Pública. São 290 policiais
cumprindo 55 mandados de busca e apreensão e 13 de prisão nos municípios de
Três Passos, Bom Progresso, Santo Augusto, Três de Maio, Passo Fundo, Ijuí,
Braga e Porto Alegre.
Os mandados estão sendo cumpridos em três casas de
secretários municipais e do prefeito do município de Bom Progresso. Os
policiais ainda cumprem mandado na Prefeitura do município de Bom Progresso .
Até o momento foram presas 13 pessoas, entre eles, três
secretários municipais, sendo dois deles, filhos do prefeito do município de
Bom Progresso. Segundo os policiais, um dos homens, que era secretário, teria
saido da Secretaria para concorrer a vereador.
Os indivíduos deverão ser indiciados pelos crimes de fraude
à licitações, peculato apropriação, peculato desvio, formação de quadrilha,
coação no curso do processo, lavagem de dinheiro, falsidade documental, uso de
documento falso. Além dos três secretários municipais, inúmeros empresários
estão recebendo voz de prisão por terem cometido crimes contra a administração
pública.
A Polícia também apreendeu documentos, computadores, dez
armas, sendo seis espingarda e quatro revólveres. Ainda foram apreendidos
inúmeros talonários de combustível, em branco, mas já assinados.
Segundo as investigações esta organização criminosa teria
desviado cerca de 7 milhões do município de Bom Progresso. Entre as fraudes
está a de compra super faturada de pneus, remédios, aquisição de material de
construção.
Entre os empresários presos está um homem proprietário de
uma grande rede de farmácias. A farmárcia emitia notas em nome de pessoas
carentes, como se elas tivessem comprado remédios cobertos pelo convênio com a
Prefeitura, e a Prefeitura empenhava e pagava a farmácia.
Na realidade estas pessoas nem haviam comprado nada e quem
havia comprado eram as pessoas envolvidas na fraude, mas os produtos adquiridos
não eram remédios.
Entre outras medidas tomadas pela Polícia Civil na Operação
Babilônia está a inviolabilidade dos bens patrimoniais dos acusados e a quebra
do sigilo bancário.
Fonte: Site da Polícia Civil
Nenhum comentário:
Postar um comentário