As possibilidades de aprendizagem são ilimitadas. Não menos verdade é o fato de que, para aprender, é necessário que estejam presentes alguns elementos fundamentais, quais sejam, o interesse, a necessidade, a experiência e a motivação.
Cada pessoa é única e, portanto, singular no processo de aprendizagem. Dizendo de outro modo, cada um aprende de forma diversa, levando em conta aspectos pessoais de sua individualidade, como os afetivos, sociais, biológicos etc.
Contudo, para que a aprendizagem se desenvolva independente de quem seja o sujeito aprendente, e a par das diferenças e particularidades de cada um, certo é que os elementos de aprendizagem – interesse, necessidade, experiência e motivação – são condição sine qua non para que esse processo ocorra.
O primeiro elemento – o interesse – se manifesta de formas distintas. Mesmo num grupo que se entende homogêneo, por exemplo, num grupo de alunos de um curso de Direito, em que há, obviamente, um interesse comum de todos os sujeitos na aprendizagem, cada pessoa deste grupo concentrará maior ou menor interesse na aprendizagem de um ou outro tema. O interesse parece-me, tem papel significativo no processo de aprendizagem, e vai influenciar mais ou menos na aprendizagem, na medida em que se possa quantificar o grau de interesse do sujeito.
Esses elementos podem estar, e em muitas situações estão, interligados Há que há momentos em que o interesse é despertado por uma necessidade e, neste caso, já estaremos diante de outro dos aspectos da aprendizagem.
A necessidade é aspecto muito importante no processo de aprendizagem. Regra geral, os sujeitos só se impulsionam diante de uma falta, ou seja, o impulso para aprendizagem só ocorre quando o sujeito aprendente percebe a falta que algo, ou algum conhecimento lhe faz. Não raro observamos as pessoas referindo: eu não aprendo porque não preciso. Algumas lacunas, ou faltas, são mais perceptíveis, ou mais fundamentais e, então, a necessidade de aprendizagem será de maior ou de menor intensidade e, portanto, ocorrerá de forma mais ou menos intensa.
A experiência é outro aspecto relativo à aprendizagem de grande relevância. É que a aprendizagem é uma experiência, pois a partir das percepções e das atribuições de sentido que damos às coisas percebidas, armazenamos situações e, portanto, aprendemos. As primeiras aprendizagens são empíricas, pois a todo o momento, desde que nos concebemos como “gente” estamos experienciando situações e, portanto, aprendendo.
Por fim, a motivação , elemento também importante no processo de ensinagem, já que todo o agir humano é finalístico, ou seja, dirige-se a algum fim. Estamos em constante busca e, portanto, em permanente motivação. Consciente ou inconscientemente estamos a todo o momento nos propondo a aprender algo E por que o fazemos? Porque há alguma coisa que nos impulsiona a essa aprendizagem, seja ela qual for e para qual finalidade se dirige.
Interesse, necessidade, experiência e motivação – subsídios imprescindíveis para quem deseja ensinar e aprender.
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