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quinta-feira, março 8

Afastado delegado de Uruguaiana denunciado por se apropriar de televisão


A pedido do MP, a Justiça de Uruguaiana determinou na tarde nesta quarta-feira, 7, o afastamento do delegado de polícia da Delegacia Especializada em Furtos, Roubos, Entorpecentes e Capturas (Defrec) Thiago Carrijo Fraga, denunciado pelo promotor de Justiça de Uruguaiana Rodrigo de Oliveira Vieira por peculato. Na denúncia, o Promotor havia solicitado a prisão preventiva, ou o afastamento do delegado do cargo até a conclusão do processo.

O delegado, que está em estágio probatório, apropriou-se, em 15 de outubro de 2011, de uma televisão 24 polegadas de tela plana durante o cumprimento de mandados de prisão, mas não lavrou auto de apreensão. No início deste mês, o MP encontrou o equipamento na casa da namorada dele, a policial civil Cristiane Rodrigues Carneiro, que também foi denunciada.

Apesar de estar na Polícia Civil há menos de um ano, Thiago Carrijo Fraga já foi denunciado pelo crime de disparo de arma de fogo, por ter efetuado um tiro que atingiu a parede frontal do apartamento em frente ao que vive. Neste ano, um registro de Boletim de Ocorrência denota que o delegado agrediu a chutes um cão de estimação durante o cumprimento de seu ofício. Em janeiro, durante diligência policial, o denunciado feriu a tiros dois policiais de sua equipe. Por fim, em julho passado, a ex-companheira o denunciou à Polícia Civil por agressões físicas.

Fonte: Site do MPRS

2 comentários:

Elizabeth Bauer disse...

A atuação do membro do MP no caso é elogiável, já que houve o enfrentamento de outra autoridade (sabe-se que profissionais que agem de forma ética e correta muitas vezes são perseguidos, quando se empenham em denunciar o mau funcionamento de organismos de poder). No que respeita ao procedimento do policial civil (delegado), só temos a lamentar. É visível que ele se utilizava das prerrogativas da corporação e do cargo que detinha como um escudo para a sua deformação de caráter. Inclusive a violência, encarada pelo policial como um ingrediente natural do seu cotidiano, estava presente também em sua vida privada, como ficou bem claro pela denúncia da ex-namorada.
Nesse sentido, tem razão a Ministra Eliana Calmon quando diz que todos/todas que ocupam cargo ou função revestidos de alguma autoridade deveriam ser "analisados". De fato, ao menos esse critério poderia auxiliar na seleção daqueles que são capazes de ultrapassar seus traumas, neuroses, psicoses etc (uma boa parte da humanidade,não é mesmo?) excluindo, assim, aqueles considerados totalmente inaptos para uma atuação minimamente salutar na comunidade em que vivem. Quem dera pudéssemos todos, homens e mulheres, atuarmos de forma mais afirmativa em prol de um mundo mais civilizado do que este que temos. Enfim, sonhar não custa nada. Abs.

Anônimo disse...

Essa é a polícia civil que temos, essa é a justiça que temos. Um delegado agora pode cometer crimes gravíssimos em pleno estágio probatório que não lhe acontece nada.