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domingo, março 24

MP deve pedir mais prazo para oferecer denúncias no caso Kiss



Como há quatro presos preventivamente, prazo legal é de cinco dias.
Páscoa aumentou tempo, mas promotores consideram insuficiente.

Entregue à Justiça na sexta-feira (22), o inquérito policial sobre o incêndio na boate Kiss, em Santa Maria, começou a ser analisado neste sábado (23) pelo Ministério Público (MP). Uma força-tarefa foi montada para examinar o documento, mas os promotores avisam que devem pedir a prorrogação do prazo legal de cinco dias para oferecer as denúncias.

Desde as primeiras horas da manhã, os promotores de Justiça de Santa Maria Joel Dutra e Maurício Trevisan começaram a ler e classificar a grande quantidade de documentos. A investigação da polícia sobre o incêndio do dia 27 de janeiro que vitimou 241 pessoas está reunida em 52 volumes, que somam 13 mil páginas (leia a íntegra do relatório final).

Nos próximos dias, o trabalho deve ganhar o reforço de mais promotores, Ivanise Jann de Jesus e César Augusto Carlan, também de Santa Maria. O coordenador do Centro de Apoio Operacional Criminal do MP, o promotor David Medina, de Porto Alegre, também deve se juntar aos quatro.

Como há indiciados presos preventivamente, o MP tem prazo de cinco dias úteis para decidir se vai ou não denunciar à Justiça os nomes apontados pela polícia. O prazo começa a contar a partir de segunda-feira (25) e encerraria na sexta (29). Mas, com o feriado de Páscoa, os promotores ganharam mais três dias para trabalhar no caso: e a entrega fica para a outra segunda-feira (1º de abril).

Mesmo assim, devido a complexidade do caso e à grande quantidade de documentos, esse prazo pode não ser suficiente. "Possivelmente, nós não vamos ter tempo hábil para que, mesmo com a essa extensão, a gente entregue (as denúncias) dentro desse prazo legal”, diz o promotor criminal Joel Dutra.

Fonte: Site G1 RS

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