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quarta-feira, setembro 22

Tornozeleiras eletrônicas - detento é flagrado ao traficar crack

Susepe investiga se homem capturado pela Brigada respeitou os limites impostos por monitoramento.


Um apenado monitorado eletronicamente há 15 dias tornou-se o primeiro caso de usuário da tornozeleira a ser descoberto cometendo um crime no Rio Grande do Sul. O homem foi preso pela Brigada Militar (BM) ao ser flagrado traficando crack em Taquara, na última quinta-feira. A Superintendência dos Serviços Penitenciárias (Susepe) investigará o caso.

Opreso cumpria pena no regime aberto e usava o aparelho desde 1º de setembro. A prisão foi possível porque Reginaldo de Borba Moreira, o Carija, 27 anos, se encontrava em uma casa na Rua Osvaldo Brandão, no bairro Jardim do Prado, conhecida pela BM por ser utilizada por traficantes. Em uma ação na área, uma equipe formada por um sargento e três soldados da BM do município apareceu no local para conferir se traficantes não estavam usando o imóvel.

Foi na residência que os policiais localizaram Moreira. Imediantamente, ele teria tentado se livrar de uma meia, só que os PMs viram o objeto sendo jogado longe. Dentro da meia havia 32 pedras de crack. O suspeito também estaria de posse de três chips e dois celulares e R$ 191 em dinheiro. Moreira foi encaminhado ao presídio de Taquara e perdeu o direito de usar a tornozeleira.

A Susepe acredita que Moreira estava dentro da área permitida para que circulasse quando foi preso, mas irá verificar a informação. Se for confirmado que ele estava em local proibido, a Susepe vai apurar se houve falha do equipamento ao não avisar o deslocamento do apenado. O comportamento de Moreira foi criticado pelo superintendente-adjunto da Susepe, Afonso Auler. Ele considerou o ato um desrespeito.

– Ele se aproveitou da tornozeleira, que possibilitou a ele ficar em casa dormindo, e não em um albergue. Ele não aproveitou a oportunidade que a sociedade lhe concedeu – afirmou.

Para Auler, o incidente não demonstra fragilidade no sistema.

– Em nenhum momento, o aparelho deixou de funcionar. Temos os registros de todos os locais por onde ele andou. Se fosse um homicídio, mostraria que ele esteve no local – defendeu.
{Fonte: Zero Hora}

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