O Ministério Público obteve da 16ª Vara Criminal da Capital a decretação da prisão preventiva do médico Roger Abdelmassih, condenado em novembro do ano passado a 278 anos de prisão por crimes sexuais contra dezenas de pacientes da clínica de fertilização que ele mantinha em São Paulo. O pedido de nova prisão foi feito na última terça-feira (3) pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) - Núcleo São Paulo, com base na solicitação de renovação de passaporte feito recentemente pelo médico, o que sinaliza risco de fuga de Abdelmassih. A prisão foi deferida nesta quinta-feira (6) pela juíza Cristina Escher.
Na petição, os promotores de Justiça do Gaeco lembraram que a sentença que condenou Abdelmassih negou o direito do médico recorrer em liberdade, o que ele só conseguiu por meio de liminar concedida no habeas corpus impetrado junto ao Supremo Tribunal Federal.
Para o Ministério Público, o pedido de renovação do passaporte pelo médico caracteriza-se como fato novo e, com isso, Abdelmassih “dá mostras claras e concretas de que pretende deixar o país para se furtar ao cumprimento de sua pena, já iniciando medidas que viabilizem a sua fuga”.
“Diante desse contexto da já provável revogação da liminar que garantia a sua liberdade, o acusado solicita a emissão de um seu novo passaporte”, argumentaram os promotores, complementando que a prisão cautelar de Abdelmassih, diante dos fatos novos, é necessária “já que sua liberdade põe, clara e concretamente, em risco a ordem pública e a aplicação da lei penal”.
Fonte: Ministério Público de São Paulo
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