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quarta-feira, julho 27

Crianças holandesas são resgatadas num veleiro no Rio

Três crianças holandesas foram resgatadas na noite de ontem (26) num veleiro ancorado em frente ao Iate Clube do Rio de Janeiro, localizado na Urca.

Bombeiros foram chamados pelos tripulantes de um barco pesqueiro que escutaram o choro de crianças. Os pais tinham deixado os três filhos no local para encontrar amigos num outro veleiro ancorado num outro pier.

A família holandesa, que já está viajando há algum tempo no barco, ficaria mais um tempo no Rio e seguiria para Recife. Depois, retornaria para a Holanda.

Após arrombarem a porta da embarcação, os bombeiros retiraram as crianças - um menino de 4 anos, uma menina de 2 e um bebê de apenas sete meses de idade - e as levaram para o clube. A polícia foi chamada. Segundo a estudante Victorias Chebar, que ajudou no acolhimento dos três, "as crianças chegaram ao Iate Clube muito espantadas e assustadas". Elas só se tranquilizaram após receberem alimentos e verem, na sede do clube, outras crianças brincando.

Os pais chegaram 40 minutos depois num bote. Uma sócia do clube, a estilista Maria Cristina Flynn, por saber falar inglês, havia ficado com os filhos do casal e deu a eles um prato de comida para que se acalmassem. Ela explicou para os pais que no Brasil não é permitido deixar crianças sozinhas, seja em barcos ou apartamentos:

Segundo o tenente do Corpo de Bombeiros Cássio Julian, o barco estava ancorado a cerca de 300 metros da margem. O veleiro tem nome de Duty Free. O socorro foi chamado às 20h15m.

Diante da ocorrência, foram para o clube representantes do consulado holandês e policiais da Delegacia Especial de Atendimento a Turistas (Deat).

Os pais, Hendrikus Petros Maria e Ivete Theodora Adriana, foram autuados por abandono de incapaz. O casal foi preso, mas pagou fiança de mil reais e em seguida foi liberado. Seus passaportes ficaram retidos, até que haja uma decisão do Juizado da Infância e da Juventude para onde o caso foi encaminhado.

Durante o registro da ocorrência policial, o pai informou que o filho de mais idade (4 anos) ficara com um aparelho de radiotransmissor para que se comunicasse com os genitores, em caso de necessidade.

O cônsul da Holanda - chamado à DP - assinou uma declaração responsabilizando-se pelos menores e, em seguida, restaurou a guarda das crianças aos pais.

Fonte: Site Espaço Vital

Comentário meu:

O crime de abandono de incapaz está definido no artigo 133 do Código Penal Brasileiro, que comina pena de seis meses a três anos a quem 'abandonar pessoa que está sob seu cuidado, guarda ou vigilância, e, por qualquer motivo, incapaz de defender-se dos riscos resultantes do abandono'. Quando da conduta do abandono resulta lesão corporal grave, a pena passa a ser de reclusão de 1(um) a  5(cinco) anos; havendo morte, a sanção penal aumenta para 4(quatro) a 10(dez) anos. Estabelece, ainda, o referido dispositivo legal, em seu parágrafo terceiro, aumento de pena para a hipótese de o abandono se verificar em local ermo, ter sido praticado por ascendente, descendente, cônjuge, irmão, tutor ou curador da vítima ou no caso de a vítima ser maior de 60(sessenta) anos.

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