Professores de Direito vivem de ensinar o que a legislação do país considera certo ou errado e de fazer entender, nos casos adequados, como os infratores devem ser punidos.
Dois desses professores, que atuavam até o início de junho na Faculdade Paraíso (FAP), em São Gonçalo se veem agora num papel inverso, como alvos da lei. Depois de denúncias que apontam a falsificação de seus diplomas de mestrado e doutorado em Direito, os professores enfrentarão um inquérito policial, instaurado a pedido do procurador da República José Maurício Gonçalves. A Faculdade Paraíso foi uma das três que recebeu nota zero no exame da Ordem dos Advogados do Brasil.
O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), ligado ao Ministério da Educação (MEC), também encaminhou a denúncia à Polícia Federal para apuração do delito de falsidade ideológica. Os dois professores são avaliadores do Inep para autorizar, reconhecer e avaliar cursos de Direito em todo o país e, para tal, precisam ter, ao menos, o título de mestre, o que deve ser comprovado com diploma na candidatura à função.
Segundo publicado no jornal O Globo os professores se apresentavam como mestres em Ciências Criminais pela Universidade Cândido Mendes, embora a universidade negue tenham sido os mesmos alunos do curso, ambos sob a orientação de um professor que não integra a listagem de professores do Mestrado em Direito.
O Inep assegura que se as acusações contra os professores forem confirmadas, as avaliações por eles realizadas serão anuladas e refeitas, e seus nomes excluídos do banco de avaliadores.
(Com informações de O Globo)
Nenhum comentário:
Postar um comentário