Afirmação se baseia na estimativa
de que 60% das drogas que entram no Brasil vem do país vizinho
O Brasil deve assumir uma responsabilidade maior na luta
antidrogas na Bolívia, já que 60% da cocaína boliviana termina em território
brasileiro, afirmou neste domingo o encarregado de negócios dos Estados Unidos
em La Paz, ohn Creamer. Os 40% restantes são traficados para a Argentina (20%)
e Chile (20%).
Cocaína (Divulgação/Polícia Federal) |
"Sob o princípio de responsabilidade compartilhada,
cabe ao Brasil assumir maior participação porque é o principal mercado para a
cocaína boliviana", afirmou Creamer, funcionário americano de maios alto
escalão diplomático em La Paz. Ele acrescentou que, para os Estados Unidos, "a
droga que sai da Bolívia não é um problema, já que menos de 1% das apreensões
feitas em meu país são de procedência boliviana. E 95% continuam sendo cocaína
proveniente da Colômbia".
Dos 60% da cocaína da Bolívia que chega ao Brasil, cerca da
metade permanece no país e o restante termina na Europa. A Bolívia é o terceiro
produtor mundial de cocaína, depois de Peru e Colômbia, segundo a ONU. A
produção boliviana da drogra é estimada em 115 toneladas por ano, enquanto o
governo americano consegue apreender cerca de 29 toneladas, das quais entre 40%
e 50% são de procedência peruana.
A principal ajuda antidrogas para a Bolívia vinha dos
Estados Unidos, embora tenha diminuído gradualmente, dos 32 milhões de dólares
em 2006 aos 10 milhões de dólares neste ano. (France-Presse).
Fonte: Site Veja
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