Imagem meramente ilustrativa |
Nos alvarás constavam identidade e números de documentos
falsos, porém o processo era verdadeiro. O diretor do Fórum de Pelotas, José
Antonio Moraes, explica que o falsário apresentava o documento como concluído e
assim conseguia ter acesso ao dinheiro, que já havia sido depositado em juízo.
O esquema foi descoberto quando um alvará verdadeiro foi apresentado por um
advogado e, no banco, não havia mais o dinheiro.
— Com certeza se trata de alguém que conhece muito bem o
sistema judicial e mais, alguém que tem acesso a dados dos processos. Não se
descarta também a participação de funcionários do banco, já que grandes
quantias foram liberadas — sustenta Moraes.
A superintendência do Banrisul abriu sindicância para apurar
o caso, que está sendo conduzida pela auditoria interna e pela assessoria
jurídica do banco. Ainda não se sabe de quanto foi prejuízo, porém em apenas
uma das oito transações teriam sido liberados R$ 900 mil. Em nota emitida no
final desta tarde, a superintendência do Banrisul afirma ter devolvido a
quantia que foi liberada de forma indevida para as contas judiciais, sem que
haja assim prejuízo para os beneficiários dos depósitos.
Um inquérito corre sob sigilo na Polícia Civil. Segundo a
delegada Carla Kuhn, já existem suspeitos para o crime, mais de uma pessoa
estaria envolvida no esquema. Estão sendo ouvidos funcionários do Fórum e da
agência bancária e também as pessoas que tiveram a identidade falsificada nos
alvarás. O inquérito deverá ser entregue ao poder judiciário até o final da
semana que vem.
Fonte: Jornal Zero Hora
Nenhum comentário:
Postar um comentário