Segundo o delegado Álvaro Pacheco Becker, titular da 2ª
Delegacia de Polícia de Bento Gonçalves, responsável pela investigação que
prendeu cinco pastores evangélicos ligados a Igreja Assembléia de Deus, nessa
quarta-feira (11/7), em três estados (SC,PR e RJ), os veículos oferecidos pela
quadrilha não existiam, não havendo na Receita Federal nenhum processo de doação
de automóveis para a Igreja. A declaração foi dada hoje em uma entrevista
coletiva na Delegacia de Polícia de Veranópolis. Conforme a polícia, a fraude
rendeu aos golpistas mais de um milhão de reais. Só no município serrano do
Estado, a polícia identificou mais de 40 vítimas.
Conforme o delegado, os pastores vendiam os veículos por
preços abaixo do valor de mercado, sob a alegação de que a Igreja Evangelica
Assembleia de Deus havia recebido os mesmos de uma doação da Receita Federal e
que por isso poderiam ser vendidos por valores menores.
Como o negócio era tentador, dezenas de pessoas de
Veranópols, e outras cidades do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Rio
de Janeiro e até Brasília, compraram os veículos depositando o dinheiro
correspondente aos valores cobrados em contas bancárias fornecidas pelos
acusados, só que os veículos nunca foram entregues.
Para dar crédito no negócio, uma mulher do Rio de Janeiro,
se apresentava como sendo a Dra. Andréia, a qual se dizia Juíza de Direito ou
procuradora da Receita Federal, supostamente responsável pela entrega dos
veículos, no entanto a mesma era encarregada de enganar as vítimas, protelando
a entrega dos carros adquiridos.
Só em Veranópolis foram lesadas em torno de 40 pessoas,
entre comerciantes, profissionais liberais, políticos, funcionários públicos,
entre outros, com prejuízo de aproximadamente um milhão de reais.
Como os veículos não foram entregues e o dinheiro não foi
devolvido, as vítimas passaram a registrar ocorrência policial, sendo
instaurado na DP de Veranópolis inquérito para apurar os fatos.
De acordo com o delegado, as investigações prosseguem
visando apurar a participação de outras pessoas no golpe e a prisão da mulher
que se apresentava como juíza, que não foi localizada.
Fonte: Site da Polícia Civil do RS
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