O Ministério Público ofereceu, nesta sexta-feira (13),
denúncia (acusação formal) à 4ª Vara Criminal Central da Capital contra Jorge
Antunes Cardozo, que sequestrou uma menina de quatro anos de idade que
participava de um culto da Igreja Pentecostal Deus É Amor, no Cambuci, capital,
na tarde de 10 de junho.
Após o sequestro, a criança ainda foi vítima de maus-tratos,
ficando confinada em uma carroça pelo período de 15 dias. O promotor de Justiça
da Alexandre Mourão Tieri denunciou Jorge Antunes Cardozo por sequestro e
cárcere privado com resultado de maus tratos e grave sofrimento físico e moral
à vítima, com a circunstância agravante de ter sido o crime praticado contra
criança.
De acordo com a denúncia, a menina estava no templo
evangélico em companhia da mãe e do irmão quando foi sequestrada por Cardozo,
que se aproveitou do momento em que a mãe da criança afastou-se para fazer uma
anotação no livro de orações. A menina
foi levada para a residência de Jorge Cardozo, no Jardim Oseias Genuíno, em
Ferraz de Vasconcelos, na Grande São Paulo, onde teve os cabelos cortados para
que não fosse reconhecida. Depois, Jorge abandonou a casa e adquiriu uma
carroça, onde mantina a menina enquanto perambulava pelas ruas, sem paradeiro
certo.
Somente 15 dias após o sequestro a criança foi vista e
reconhecida por um vizinho, quando ela e o sequestrador estavam no cruzamento
das ruas Vergueiro e Paraíso, na capital. Jorge, então, abandonou a menina e
fugiu. Um carroceiro indicou à polícia que a carroça onde foi transportada a
menina estava abandonada na Vila Mariana. Nela foram encontradas roupas infantis,
chupeta, mamadeira e um extrato bancário em nome de Jorge Antunes Cardozo, que
foi então identificado.
Com a prisão preventiva decretada, ele acabou localizado e
capturado em Maringá, no Paraná, no dia 5 de julho. O sequestrador confessou o
crime e afirmou que seu objetivo era usar a criança para pedir esmolas.
Além de oferecer a denúncia, o Promotor também concordou com
o pedido de prorrogação da prisão preventiva do sequestrador.
Fonte: Ministério Público de São Paulo
Nenhum comentário:
Postar um comentário