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sábado, outubro 20

A 1 mês do julgamento, saiba como será júri do caso Eliza Samudio


Falta exatamente um mês para o julgamento do goleiro Bruno Fernandes e de outros quatro acusados pela morte da ex-amante do jogador, Eliza Samudio. O júri popular será realizado, no dia 19 de novembro, em uma sala do Fórum de Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.

Há pouco mais de dois anos, o sequestro e desaparecimento da modelo chocou o país. Eliza queria que que o então jogador do Flamengo reconhecesse a paternidade do filho dela. De acordo com o Ministério Público Estadual (MPE), ela foi morta, e o corpo, escondido.

O goleiro e o amigo Luiz Henrique Romão, o Macarrão, são acusados de sequestro e cárcere privado, homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver. Já o ex-policial Marcos Aparecido dos Santos também vai responder no júri popular por homicídio duplamente qualificado e ocultação de cadáver. Dayanne Rodrigues, ex-mulher do goleiro, responde pelo sequestro e cárcere privado do filho de Bruno.

Já Fernanda Gomes de Castro, outra ex-namorada do jogador, é acusada pelo sequestro e cárcere privado de Eliza e do filho dela. Elas foram soltas em dezembro de 2010 e respondem ao processo em liberdade.

Para o júri popular,  serão convocadas 25 pessoas que moram em Contagem, que são maiores de 18 anos e que não têm antecedentes criminais. Sete delas serão escolhidas por sorteio. Elas vão ocupar as cadeiras da sala onde acorrerá o julgamento, e o restante será dispensado.

Quando o júri começar, serão ouvidas 30 testemunhas de acusação e de defesa, além de três autoridades policiais. Somente depois, os réus começam a ser interrogados.
De acordo com o professor de direito penal e advogado criminalista Leonardo Bandeira, caso o júri dure mais de um dia, os réus devem ficar isolados, incomunicáveis e sem acesso a televisão e a celular, por exemplo.

O especialista explica que, se condenados, a pena máxima de Bruno e de Macarrão pode chegar a 38 anos de reclusão. Segundo ele, a grande repercussão do caso não deve influenciar na decisão da Justiça. "O júri define a responsabilidade, de acordo com o entendimento dele a respeito de justiça, mas, obviamente, sempre apoiado na prova que existe no processo e não por causa da repercussão que o fato teve na imprensa", avalia.

Outros réus

Wemerson Marques, amigo do jogador, e Elenílson Vítor Silva, caseiro do sítio em Esmeraldas, também são réus no caso. Eles respondem pelo sequestro e cárcere privado do filho de Bruno. De acordo com a Justiça, por questões administrativas, o processo precisou ser desmembrado. Eles também serão levados a júri popular, em data ainda não definida.

O que diz a Defesa de Bruno

O advogado Rui Pimenta disse que não pretende entrar com recurso contra a data definida pela presidente do Tribunal do Júri de Contagem, Marixa Fabiane Rodrigues. “Quanto mais rápido for o júri, mais rápido ele [Bruno] vai para a rua. A demora só aumentou a privação da liberdade dos réus, do Bruno, pelo menos”, alegou.

Pimenta ressalta que a linha de defesa apresentada pelos advogados do goleiro Bruno será simples. “Bruno não quis nem concordou com a morte da Eliza, ele foi traído, não soube escolher as amizades. E isso é fácil de provar nos autos”, pontuou o advogado, referindo-se à amizade entre o atleta e Macarrão. Ainda de acordo com o defensor, o goleiro terá cinco testemunhas de defesa no júri.


Fonte: Site G1

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