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domingo, fevereiro 17

Justiça nega pedido de sigilo das investigações sobre incêndio na Kiss

A Justiça do Rio Grande do Sul negou o pedido de sigilo das investigações sobre o incêndio na boate Kiss, em 27 de janeiro, que causou 239 mortes em Santa Maria, na Região Central doRio Grande do Sul. A solicitação foi feita pelos advogados que representam os sócios da casa noturna Mauro Hoffmann e ElissandroSpohr, conforme informou o Tribunal de Justiça do estado.


A negativa foi do juiz Ulysses Fonseca Louzada, da 1ª Vara Criminal de Santa Maria. "O presente caso alcançou repercussão mundial, sendo do interesse da sociedade manter-se informada a respeito do desenrolar das investigações e das apurações das responsabilidades dos envolvidos", diz o despacho assinado pelo magistrado.

O advogado de Spohr no caso, Jader Marques, disse ao G1 que analisará a situação no final de semana para decidir se recorrerá da situação. Segundo ele, o Código Penal garante o sigilo durante a fase de investigação, e a divulgação é feita após a confirmação das informações.

"O que acontece hoje é o contrário. Primeiro as informações vão para a imprensa, e depois são analisadas. Nosso pedido foi no sentido de que se obedecesse o Código Penal, para dar ao inquérito o sigilo que é de sua natureza. Sempre foi tradição que a investigação andasse em sigilo até a conclusão", argumentou.

O G1 também tentou contato com Mario Cipriani, que defende Hoffmann no caso, mas a ligação não foi atendida.

Entenda

O incêndio na boate Kiss, em Santa Maria, região central do Rio Grande do Sul, deixou 239 mortos na madrugada do último domingo (27). O fogo teve início durante a apresentação da banda Gurizada Fandangueira, que fez uso de artefatos pirotécnicos no palco. De acordo com relatos de sobreviventes e testemunhas, e das informações divulgadas até o momento por investigadores:

- O vocalista segurou um artefato pirotécnico aceso.
- Era comum a utilização de fogos pelo grupo.
- A banda comprou um sinalizador proibido.
- O extintor de incêndio não funcionou.
- Havia mais público do que a capacidade.
- A boate tinha apenas um acesso para a rua.
- O alvará fornecido pelos Bombeiros estava vencido.
- Mais de 180 corpos foram retirados dos banheiros.
- 90% das vítimas fatais tiveram asfixia mecânica.
- Equipamentos de gravação estavam no conserto.

Fonte: site G1

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