Henry Wagner disse que a Promotoria vai entregar as informações
à Justiça.
Ele também falou que o corpo de Eliza 'não foi ocultado, ele
foi destruído'.
O promotor Henry Wagner Vasconcelos de Castro disse nesta
sexta-feira (8) que a Promotoria já tem indícios de que Bruno Fernandes pagou
R$ 70 mil para o réu Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, matar Eliza Samudio.
O goleiro foi condenado a 22 anos e três meses de prisão pela morte da jovem.
Bola será julgado em abril.
“A Promotoria de Justiça já encontra elementos de que o
pagamento foi mensurado em R$ 70 mil. A Promotoria está a pesquisar todas as
movimentações bancárias e, oportunamente, apresentará formalmente à Justiça
estes dados de provas", explicou ao G1.
De acordo com o promotor, outras pessoas envolvidas no caso,
próximas a Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, estão sendo investigadas por
ligação com a morte de Eliza Samudio.
Henry Wagner também disse que não tem esperanças de que o
corpo de Eliza Samudio seja encontrado. “O corpo de Eliza não foi ocultado
simplesmente, ele foi destruído, dissipado. Não entende a Promotoria de Justiça
que haja possibilidade de se alcançarem vestígios, resquícios deste organismo”,
encerrou.
O júri popular formado por cinco mulheres e dois homens
condenou no início da madrugada desta sexta-feira (23), no Fórum de Contagem,
em Minas Gerais, o réu Bruno Fernandes de Souza a 22 anos e 3 meses pelo
assassinato e ocultação de cadáver de Eliza Samudio e também pelo sequestro e
cárcere privado do filho Bruninho. Dayanne Rodrigues, ex-mulher do jogador, foi
absolvida da acusação de sequestro e cárcere privado do bebê.
Em entrevista ao MGTV 1ª Edição, Wagner afirmou que “a
Promotoria de Justiça tem a expectativa que ele tenha que ficar ainda mais
cinco anos em regime fechado". De acordo com ele, a Promotoria vai
recorrer da condenação na segunda-feira (11) e tem a intenção de afastar a
atenuação das penas e pedir o agravamento. Ele ressaltou que considera que os
trabalhos não estão encerrados porque ele “vai buscar pena justa”.
Durante a entrevista,
Wagner criticou a legislação brasileira. “Nossa legislação, de fato, é extremamente
generosa com o criminoso, não obstante a gravidade de seus delitos”, disse. Ele
afirmou que a sentença assumiu “contornos bastante maternais” porque considera
que Bruno não confessou. “Ele não deveria ter recebido o benefício da redução”,
acrescentou.
A ex-mulher de Bruno, Dayanne Rodrigues, foi absolvida da
acusação de sequestro e cárcere do filho de Eliza. O promotor assegurou que não
houve acordo para a absolvição de Dayanne. Segundo ele, a ex-mulher de Bruno
agiu “constrangida pelo Zezé [policial investigado em novo inquérito]” e
mostrou “sinceridade” durante o júri.
Condenação
O goleiro Bruno Fernandes das Dores de Souza foi condenado,
nesta sexta-feira (8), a 17 anos e 6 meses em regime fechado por homicídio
triplamente qualificado (por motivo torpe, asfixia e uso de recurso que
dificultou a defesa da vítima), a outros 3 anos e 3 meses em regime aberto por
sequestro e cárcere privado e ainda a mais 1 ano e 6 meses por ocultação de
cadáver. A pena foi aumentada porque o goleiro foi considerado o mandante do
crime, e reduzida pela confissão do jogador. Ele deve cumprir a pena em regime
fechado até meados de 2017, quando pode requerer o direito ao benefício do
semiaberto.
Fonte: Site G1
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