A Força-Tarefa Previdenciária (Polícia Federal, Previdência Social e Ministério Público Federal) desarticulou na última quinta feira (23) duas quadrilhas que fraudavam benefícios do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) no Estado de Goiás. Estão presos cinco servidores previdenciários, um servidor da Receita Federal do Brasil, um contador e seis pessoas conhecidas como intermediárias de benefícios, uma atividade irregular. Foram cumpridos 17 mandados de busca e apreensão e ordens de bloqueio de contas bancárias.
A operação batizada de Guia uma alusão à utilização fraudulenta da Guia de Recolhimento do FGTS e Informações à Previdência Social (GFIP) envolveu 100 policiais federais, quatro servidores da Previdência Social e foi realizada nos municípios de Goiânia, Aparecida de Goiânia, Anápolis, Hidrolândia e Nova Crixás.
Uma das quadrilhas aliciava servidores do INSS para facilitar a concessão irregular de auxílio-doença e aposentadoria por invalidez. A outra criava vínculos empregatícios inexistentes por meio da inserção de dados falsos na GFIP. Assim, os seus clientes podiam acrescentar tempo de serviço fictício nos bancos de dados da Previdência Social e requerer benefícios aos quais não tinham direito. Nos últimos seis meses de investigação foram identificados 150 benefícios com indícios de irregularidades intermediados pelos dois grupos criminosos. O prejuízo aos cofres públicos está estimado em mais de R$ 3,3 milhões.
Técnicos da Previdência Social alertam os segurados para que não recorram aos chamados "intermediários" quando precisarem dos serviços do INSS. Para isso, basta o segurado ligar para o telefone número 135 e agendar dia e hora para ser atendido em uma Agência da Previdência Social. Os "intermediários" cobram por serviços que são gratuitos e geralmente oferecem vantagens que não podem conceder.
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