A polícia afirmou ontem (7) que o jogador Somália, do Botafogo, que prestou queixa contra um sequestro-relâmpago na última quarta, forjou a história.
A informação é da delegada Juliana Domingues, da 16ª DP (Barra da Tijuca, na Zona Oeste), que afirmou que as imagens do circuito interno do prédio do jogador provam que ele estava em casa no momento em que teria acontecido o crime.
Contradições
Na quarta, o jogador chegou à delegacia afirmando que havia sido sequestrado às 7h15 e liberado às 9h40 por um homem armado. Por esse motivo, ele explicou que faltou ao treino. Ainda segundo Somália, o suspeito teria roubado dinheiro e jóias. A polícia desconfiou do jogador quando, durante o depoimento, ele se contradisse em alguns momentos. A primeira seria a respeito da arma usada durante o suposto crime.
“O jogador afirmou que sabia que a arma se tratava de uma pistola. No entanto, disse que não se lembrava da cor. Posteriormente ele afirmou que era uma pistola preta. Além disse, ele se contradisse ao descrever que vestimentas o suspeito usava”, afirmou o inspetor da Delegacia de Dedicação Integral ao Cidadão (DEDIC) da 16ª DP, Robinson Maia.
Após o depoimento, os agentes solicitaram imagens do prédio e constataram que, por volta das 8h, quando o jogador estaria supostamente em poder do sequestrador, ele aparece no elevador do edifício.
A polícia entrou em contato com o advogado do Botafogo para checar se o fato de o jogador chegar atrasado ao treino causaria algum transtorno a Somália. Segundo a polícia, o advogado afirmou que atrasos podem acarretar num desconto de até 40% no salário.
Para a delegada, esse teria sido o motivo da mentira.
A titular da 16ª DP informou que Somália deve responder por falsa comunicação de crime, com pena prevista de 1 a 6 meses de prisão. Ele deve ser intimado nas próximas horas.
Fonte: Site G1
Comentário meu: O delito de comunicação falsa de crime ou de contravenção está definido no artigo 340 do Código Penal Brasileiro. Segundo o dispositivo legal quem, "provocar a ação de autoridade, comunicando-lhe a ocorrência de crime ou de contravenção que sabe não ter se verificado" incide na pena de detenção, de 1 a 6 meses, ou multa. O crime trata-se de modalidade de menor potencial ofensivo, de competência do Juizado Especial Criminal.
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