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segunda-feira, janeiro 17

Contrabando e Descaminho: Série Fronteiras abertas da RBS TV


Série expõe fragilidade do combate ao contrabando

Um percurso pela fronteira no território gaúcho revela como estão desprotegidos os acessos ao país. O mais grave não é a entrada fácil de produtos estrangeiros, mas o caminho aberto a traficantes de drogas e armas.

Durante 11 dias, o repórter Fábio Almeida, o cinegrafista Giancarlo Barzi e o motorista Leonardo Silva fizeram alguns dos trajetos usados pelos contrabandistas que saem da Argentina e do Uruguai. A fronteira é aberta por terra, água e ar.

A equipe percerreu os mais de 1,7 mil quilômetros da fronteira. São trilhas abertas nas matas e barcos que podem atravessar o Rio Uruguai. Não há obstáculos para os carros, ônibus e táxis que trafegam livremente ou para aviões estrangeiros que sobrevoam o espaço aéreo brasileiro sem pedir licença. Até carroças percorrem caminhos curtos e paralelos que também não são vigiados.

Na primeira reportagem, a equipe expôs a fragilidade da Região Noroeste. Uma área cheia de trilhas na mata, pequenos portos clandestinos às margens do Rio Uruguai, onde as aduanas não são respeitadas. A série, com cinco reportagens, vai ao ar na RBS TV, na Rádio Gaúcha e em http://www.rbstv.com.br/.

Caminhos livres

Ao todo, a caminhonete da RBS TV usada para a produção da série rodou, em 11 dias, 3.389 quilômetros, distância equivalente a uma viagem até Maceió (AL). Durante todo esse trajeto, a equipe não deparou com nenhum veículo da Polícia Federal ou Brigada Militar. Também não foi abordada nenhuma vez fora das aduanas.

Rota do gado

No Noroeste, a equipe descobriu que quadrilhas formadas por fazendeiros e chibeiros – nome dado aos contrabandistas na fronteira – ameaçavam pecuaristas que eram contra a entrada de gado ilegal no país. Os animais argentinos infectados pela febre aftosa contaminaram rebanhos na década passada. Hoje o preço da carne argentina não compensa.

Fonte: Jornal Zero Hora

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