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terça-feira, janeiro 11

Crimes passionais nas relações homoafetivas


A imprensa noticiou nos últimos dias a morte do jornalista português Carlos de Castro, assassinado por seu companheiro, o jovem modelo Renato Seabra.

O crime chama atenção pela brutal crueldade com que provavelmente foi perpetrado. A vítima foi estrangulada, não sem antes ser violentamente agredida e castrada.

O caso serve como exemplo de crime passional – espécie delituosa cuja motivação está no sentimento de paixão. Esse estado de perturbação emocional, no contexto das relações afetivas, se origina, não raro, pela ausência de amor, ou pela presença de um amor desprezado. Além disso, sentimentos de posse e de ciúmes também contribuem para a eclosão de condutas desta natureza.

A perturbação emocional, nesses casos, tem maior duração temporal, e causam alterações nervosas e psíquicas, podendo tornar-se quase patológica. Nesses estados o agente tende a perder sua individualidade em função do fascínio que o outro exerce sobre ele.

Nas relações homoafetivas masculinas não é incomum comportamento desta espécie, com demonstração de que existe uma linha insignificante no sentimento do agente pela vítima, que vai do amor exagerado ao ódio incomum.  Vingança, rancor, egolatria, prepotência e intolerância são outros sentimentos que rondam o cenário dos crimes passionais em relações homoafetivas.

Além disso, as dificuldades naturais em manter uma relação homoafetiva – pelo que demanda de maturidade, autocontrole e equilíbrio dos envolvidos,  e pela exigência em suportar incompreensíveis resistências sociais - podem contribuir para a eclosão de comportamentos violentos que tendem à produção da morte.

São inúmeros os casos que terminam assim: nas páginas dos jornais, nos noticiosos policiais e, geralmente, são delitos cometidos com ferocidade. O Brasil registra vários casos, inclusive com mutilação sexual – um dos aspectos que têm chamado atenção no caso dos protagonistas portugueses.

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