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quinta-feira, novembro 3

Protesto no Rio de Janeiro lembra sumiço da jovem Patrícia Amieiro


Patrícia Amieiro - desaparecida há três anos
Uma manifestação na Praia de Copacabana, promovida pela ONG Rio de Paz, reuniu nesta terça-feira cerca de 20 parentes e amigos de pessoas mortas violentamente no Estado do Rio, como a juíza Patrícia Acioli, a engenheira Patrícia Amieiro, o jornalista Tim Lopes e a estudante Gabriela Prado.

Na areia, uma cruz e um molde, feito de plástico, em forma de um corpo, ilustravam o pedido de paz. Além disso, um painel mostrava o número de mortos pela violência urbana no Rio entre janeiro de 2007 e junho de 2011: mais de 30 mil, segundo dados do Instituto de Segurança Pública.

A cruz fincada nas areias de Copacabana é a mesma que estava na Praia de Icaraí, em Niterói, que cobrava resultados na investigação do assassinato da juíza Patrícia Acioli.

Com a solução do caso e a prisão dos suspeitos , a família da vítima decidiu buscar nova função para o símbolo de protesto, e enviou a imagem para Copacabana como forma de cobrar agilidade nas investigações do assassinato da engenheira.

No domingo, familiares da juíza e da engenheira acompanharam a retirada da cruz.

Também foram deixados na areia vasos de flores e retratos da engenheira. O pai de Patrícia Amieiro, Antônio Celso de Franco, disse que a cruz também representa outras famílias injustiçadas.

- Espero que protestos como este ajudem a solucionar de forma mais rápida os casos de mortes violentas no Rio.

No processo da minha filha, ainda falta uma testemunha prestar depoimento, para se saber se o caso vai a júri popular ou não - afirmou, acrescentando que, três meses após a Justiça ter declarado a morte presumida da engenheira, ele ainda espera a certidão de óbito da filha.

A engenheira desapareceu em junho de 2008 e seu carro, com marcas de tiros, foi encontrado no Canal de Marapendi, na Barra da Tijuca. Os quatro PMs acusados de participar do sumiço ficaram presos de junho a setembro de 2009. Eles negam envolvimento no caso e agora respondem ao processo em liberdade.

O presidente da ONG Rio de Paz, Antonio Carlos Costa, disse que o números de mortos é escandaloso e pode ser ainda maior. Segundo ele, é preciso investir na Polícia Civil, "para que ela possa fazer um trabalho de investigação mais sério".

Primo de juíza prega a luta contra a impunidade

Tânia Lopes, irmã do jornalista Tim Lopes, morto por traficantes em 2002, disse que é preciso colocar um basta nos casos não solucionados. Já Paula Labsch e Carlos Schramm, primos de Patrícia Acioli, cujo assassinato foi solucionado rapidamente, disseram que o caso deveria servir de exemplo.

- Se não lutarmos contra a impunidade, ela não vai parar - disse Carlos.

Fonte: Site O Globo

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