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quarta-feira, dezembro 21

TJ-RJ concede liberdade para comandante do 7º BPM



Coronel Djalma Beltrami foi preso suspeito de receber propina.
Segundo a polícia, ele recebia dinheiro para não reprimir o tráfico de drogas.


O plantão judiciário do Tribunal de Justiça (TJ-RJ) concedeu o habeas corpus do comandante do 7º BPM (São Gonçalo), coronel Djalma Beltrami, na madrugada desta quarta-feira (21). A decisão foi do desembargador Paulo Rangel. As informações são do plantão judiciário, que afirma ainda que o coronel já está em liberdade. Ele deixou o Quartel General da Polícia Militar, no Centro do Rio, durante a madrugada.

Beltrami foi preso na segunda-feira (19), sob suspeita de receber propina para não reprimir o tráfico de drogas em São Gonçalo, na Região Metropolitana.

De acordo com o advogado de Beltrami, Marcos Espínola, o coronel diz se sentir injustiçado. “Ele se sente injustiçado pelo fato de ter ido ao 7º BPM para trabalhar e reerguer o lugar. Ele se sente muito ofendido”, disse o advogado ao G1.

Na terça-feira (20), dois ex-comandantes-gerais da Polícia Militar saíram em defesa do coronel. Os oficiais dizem que acreditam na inocência de Beltrami e alegam que a prisão foi arbitrária e sem provas.

Os ex-comandantes gerais da Polícia Militar Ubiratan Ângelo e Mário Sérgio Duarte, além do coronel Fernando Belo da Associação de Oficiais visitaram Beltrami, acusado de corrupção e tráfico de drogas.

Os ex-oficiais protestaram e alegaram que as gravações apresentadas pela Polícia Civil não são suficientes para incriminar Beltrami, que era comandante do 7º BPM (São Gonçalo).

"Nunca foi uma pessoa de ostentar luxo. Nunca foi uma pessoa que nós tivéssemos qualquer ruído ou suspeita sobre a sua conduta", argumentou o coronel Ubiratan Ângelo.

"Nós ficamos bastante indignados com essa prisão. Não havia motivo algum para que o coronel fosse preso. Minha vinda aqui é para prestar solidariedade e dizer que acredito na inocência do coronel Beltrami", comentou o ex-comandante-geral Mário Sérgio Duarte.

"Se tem prova, que apresente. Se não tem, que venha com toda dignidade dizer - errei. O erro é crasso. O erro é doloso sobretudo", falou o coronel Belo, da Associação de Oficiais da PM.

Escutas telefônicas

O ex-comandante Beltrami, preso na segunda-feira (19) dentro do batalhão, foi levado para o Quartel General da Polícia Militar, no Centro do Rio, por decisão da Justiça. Ele não está em uma cela, mas em uma sala do quartel. Em princípio, a prisão do coronel é temporária pelo prazo de 30 dias.
As gravações foram divulgadas pela Polícia Civil e mostrariam conversas entre traficantes e PMs do quartel de São Gonçalo. Nas conversas há referências ao pagamento de propina ao 01, que segundo o delegado Alan Luxardo, que comandou as investigações, seria o coronel Djalma Beltrami.

"Nós temos provas de que esse esquema funcionaria após a gestão dele, então isso está comprovado tanto por interceptações telefônicas e outros meios de prova, e em relação a isso, não há o que se discutir", falou o delegado Alan Luxardo.

O atual comandante-geral da Polícia MIlitar, Erir da Costa Filho, ainda não se pronunciou sobre a prisão de Djalma Beltrami. A defesa do coronel informou que vai pedir a revogação da prisão, por considerar que não há indícios de envolvimento de seu cliente. Segundo o advogado, o pedido só não foi feito porque ele ainda não teve acesso às investigações da polícia.

Fonte: Site G1

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