Com saques no valor de R$1 milhão agendados para hoje (10),
um trio suspeito de estelionado foi preso, em flagrante, na tarde de ontem (9).
Conforme investigação da Polícia Federal, um grupo de advogados - um deles detido ontem - efetua as retiradas,
com promissórias conseguidas ilegalmente, de precatórios ganhos na Justiça por
milhares de funcionários da Previdência Social. Ontem, os flagrados sacaram R$
177 mil em nome de uma vítima falecida. As informações são do Correio
Braziliense.
Uma denúncia anônima deu início às investigações, de acordo
com o delegado Ademir Cardoso Júnior. As apurações, acompanhadas por um gerente
da Caixa Ecônomica Federal, culmiraram na prisão de parte do grupo, por volta
das 16h de ontem, no estacionamento do TRF da 1ª Região.
Após campana, os policiais prenderam dois homens e uma
mulher. Ao sair da agência da Caixa, um dos advogados investigados foi
acompanhado pelos investigadores a uma Mercedes Benz.
Na semana passada, ele foi filmado, junto a outros dois
advogados, ao fazer saques de cerca de R$ 300 mil em outra agência.
“Preliminarmente, sabemos que o juiz deu ganho de causa de 3.600 precatórios
distribuídos para 3.600 funcionários da Previdência Social. São idosos na casa
dos 80 a 90 anos e talvez nem saibam que esse precatório foi obtido”, diz
Cardoso.
“Identificamos três advogados, por meio de filmagens do
circuito interno e depoimentos de funcionários. O grupo teria, de alguma forma,
rastreado as vítimas de idade avançada e, então, conseguido procurações, em
cartório, com uso de identidades falsas. Estariam promovendo saques irregulares
dos precatórios" - informa o delegado.
No saque de ontem, a vítima havia morrido antes da emissão
da procuração usada pelos supostos falsários. “Aguardamos o suspeito entrar no
banco, conversar com o gerente e sacar o dinheiro. Acompanhamos ele até o
estacionamento para saber com quem estava, com o intuito de apreender os outros
dois advogados. Para nossa surpresa, foi preso outro casal, que também
participa”, disse o delegado.
Com os suspeitos, foram encontradas também identidades
falsas - ao menos três delas com a mesma fotografia. Os investigadores teriam
identificado os responsáveis pelas falsificações, ainda soltos por falta de
mandados de prisão.
Para hoje, o grupo havia agendado quatro saques, com valor
de R$ 1 milhão.
Beneficiários de diferentes regiões podem estar sendo alvo
da ação. “Um gerente da Caixa nos informou que houve um caso similar, referente
a esse mesmo processo, no Rio Grande do Sul. Inclusive, alguns normativos da
Caixa foram mudados para que possibilitasse esse agendamento”, relatou Cardoso.
Fonte: Site Espaço Vital
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