Rebelião foi iniciada na tarde do
domingo (15).
128 reféns foram liberados e
ninguém foi ferido.
A rebelião realizada pelos 470
presos do Complexo Penitenciário Advogado Antonio Jacinto Filho (Compajaf),que
começou no início da tarde do domingo (15), chegou ao fim por volta das 16h
desta segunda-feira (16), após negociação com o secretário de Estado da
Segurança Pública, João Eloy. Todos os 128 reféns foram libertados e ninguém
saiu ferido. Os policiais do Batalhão de Choque já estão dentro do presídio
fazendo a revista dos presos.
Os primeiros reféns foram
libertados por volta das 6h desta segunda, foram uma mãe e uma irmã de um
preso.
No fim da manhã, um dos três
agentes penitenciários e outros 27 familiares também deixaram o local em troca
de garrafões de água e no início da tarde, mais 16 reféns foram libertados.
Os outros 82 familiares dos
presos que estavam de reféns foram libertados após o fim da rebelião. Os presos
começaram a ceder no início da tarde desta segunda-feira, quando entregaram
armas brancas e revólveres.
Entre as reinvindicações estão:
Transferência de presos para outros complexos penitenciários; demissão de uma
servidora; ampliação da programação televisiva; melhorar o tratamento com as
mulheres que visitam o complexo; aceleração dos processos dos réus; garantia da
integridade física; agilidade nos procedimentos médicos e apuração dos
maus-tratos.
“Boa parte das reivindicações
feitas pelos rebelados é pertinente ao Poder Judiciário. Nós atendemos tudo que
é possível e razoável e vamos, inclusive, apurar denúncias feitas por eles de
possíveis maus-tratos”, frisou João Eloy.
Entre os reféns estavam três
agentes, um deles foi libertado na manhã desta segunda-feira em troca de
garrafões de água.
Após o fim da rebelião, cinco
presos foram transferidos para outro local que não foi divulgado por medida de
segurança."Foi uma das exigências deles que foi prontamente
atendida", disse Eloy.
O fornecimento de água potável
foi reestabelecido. No entanto, algumas medidas estão além do que é negociável.
Uma solicitação dos internos não será atendida.
“Não haverá a saída da direção do
Compajaf, como eles [os presos] solicitaram, ou da administração privada
Reviver, que cuida da alimentação, limpeza e gestão em geral dos custodiados.
Entre outras reclamações constam a rigidez do regime disciplinar, com cumprimento
de horários e comportamento, mas é algo que só contribui para a segurança e a
ressocialização com dignidade”, acrescentou João Eloy.
O negociador da crise Marcos
Carvalho confirmou que as negociações ocorreram de forma tranquila. “Não houve
violência nem confrontos, conversamos e chegando a um acordo”, explica.
Policiais civis e militares de
várias unidades especializadas continuam de prontidão na parte externa e na
entrada da unidade prisional. O Corpo de Bombeiros e o Serviço de Atendimento
Móvel de Urgência (SAMU) também estão presentes.
Fonte: Site do G1
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