Durante uma entrevista coletiva,
a delegada disse que usou como principal embasamento uma carta de uma menina de
11 anos estuprada em 1997, que estava anexada ao processo daquela época. A
vítima reconheceu o suspeito em março deste ano em uma rua do bairro Anchieta,
na Região Centro-Sul de Belo Horizonte.
Delegada mostra a carta escrita pela vítima. Foto de Carolina Farah - G1 |
Margaret informou que a denúncia
feita há 15 anos pela família da garota também foi acompanhada por ela. “Na
época, a menina estava muito abalada e tinha dificuldade em falar sobre o
assunto. Ela escreveu uma carta detalhando tudo que fez no dia do crime.
Durante a descrição, ela cita o
nome “Pedro” por três vezes se referindo ao autor do abuso sexual”.
Policiais especializados
realizaram, na semana passada, um exame grafotécnico que, segundo Margaret,
comprovou que a grafia é da vítima. Na carta, a menina relata que foi abordada
pelo suspeito na portaria do prédio que morava quando ia à padaria. Ele teria
ameaçado a garota, caso ela não fizesse tudo que ele queria. A delegada disse
que foi realizado exame de corpo de delito, confirmando a presença de sêmen no
vestido e na calcinha da garota. “O resultado do exame está junto ao processo,
mas não conseguimos localizar as roupas porque na época não existia arquivo de
provas como estas”.
O processo encaminhado à Justiça
tem cerca de 150 páginas. Segundo a polícia, os abusos sexuais cometidos por
Pedro Meyer aconteceram entre 1990 e 1998, quando houve uma onda de estupros a
crianças e adolescentes em Belo Horizonte. Após a prisão dele, outras 15
mulheres procuraram a delegacia e novos inquéritos foram abertos. A delegada
ressaltou que vai dar prosseguimento às investigações, que podem levar a outros
indiciamentos.
Entenda o caso
A mulher que reconheceu Pedro
Meyer como suspeito de estupro foi abusada quando tinha 11 anos, em 1997. Eles
se encontraram por acaso em uma rua do bairro Anchieta, na Região Centro-Sul de
Belo Horizonte, no dia 29 de março deste ano.
Segundo a Polícia Civil, quando
andava na rua, a mulher reconheceu o homem e o seguiu até um edifício.
Imediatamente, ela procurou a Polícia Militar, que encaminhou o suspeito para
uma delegacia.
De acordo com a polícia, à época
do crime, as investigações foram realizadas por dois anos, mas o caso foi
encerrado a pedido da família da vítima. A corporação informou que Pedro Meyer
confessou ao menos três estupros entre 1992 e 2005.
Fonte: Site G1
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