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sábado, maio 19

Marcha da Maconha em São: manifestação pelo fim da política de guerra às drogas


Foto: Márcio Pinho/G1)


A Marcha da Maconha, realizada na tarde deste sábado (19), durou pouco mais de duas horas e acabou às 18h30 na Praça da República, no Centro de São Paulo. Ao contrário do ano passado, em que os manifestantes e policiais entraram em confronto, a edição deste ano não teve nenhuma ocorrência, de acordo com a Polícia Militar. De acordo com o capitão Antonio Genivaldo, cerca de duas mil pessoas participaram da passeata, que começou por volta das 16h25 na Avenida Paulista.

Os organizadores do evento também comemoraram a forma como a passeata transcorreu e forneceram uma estimativa bem mais otimista de público, de 10 mil pessoas. Eles argumentaram que, devido ao grande número de manifestantes, foram necessários cerca de 20 minutos para que toda a passeata deixasse a Rua Augusta até a Consolação pela Rua Antônio de Queiroz.

Segundo a advogada Juliana Machado, de 28 anos, uma das organizadoras, a passeata foi pelo fim da política de guerra às drogas. "Queremos uma política que promova saúde, informação, debate, que as pessoas possam plantar, usar a maconha com os mesmos direitos de usar orégano, por exemplo, cigarro ou bebidas alcoólicas. Além do que há outros benefícios, como os medicinais", disse.

Os manifestantes levaram faixas, cartazes e camisetas pedindo a legalização da maconha. A maioria do público era formada por jovens. No vão do Masp, eles assistiram a palestras sobre a história da maconha e questões judiciais. Às 16h25, iniciaram a marcha que acabou ocupando três faixas da Paulista, e não duas, como pretendia a PM. A interdição foi feita pela própria polícia e pela Companhia de Engenharia de Tráfego (CET).

Durante o percurso, entoaram rimas como “Maconha é natural, coxinha é que faz mal!” e “Legaliza”. Vários se destacaram com fantasias relativas à maconha, como o estudante João Pedro Trope, fantasiado de “baseado”, segundo ele. “Tem que legalizar para não tomarmos esculacho da polícia e para combater a forma como traficantes hoje arrecadam dinheiro”, disse.

Quem ficou parado no trânsito esperando a marcha passar aproveitou para criticar as mudanças pretendidas pelos manifestantes. “Acho que há 1.001 coisas mais importantes para fazer protestos. Mas tudo bem. É um direito deles. Só que dei muito azar de ser o primeiro a ser parado”, afirmou o zelador Daniel Alves. Ele conduzia o veículo que liderava a fila dos que esperavam a liberação do trânsito na Rua Dona Antônia de Queiroz.

Concentração

No início da marcha, a polícia estimava que cerca de 1.700 manifestantes deram início ao ato, que pediu a liberação da droga no país. De acordo com os organizadores do ato, eram mais de 2.000 pessoas no evento. Os participantes da marcha se concentraram no vão livre do Masp, na Avenida Paulista, e se dirigiram para a Rua Augusta, onde desceriam até a Rua Antônio Queiroz, em seguida até a Consolação e depois Praça da República.

A Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) interditou duas faixas da direita da pista sentido Consolação da Paulista para que os manifestantes pudessem dar início à marcha. Os organizadores reivindicavam que três faixas fossem bloqueadas.

Os manifestantes já se concentravam desde as 14h no vão do Masp à espera do início da edição 2012 da Marcha da Maconha. Com faixas, cartazes, bandeiras e tambores, eles pediam a legalização da maconha.

O capitão Genivaldo, policial responsável pela ação da PM durante o evento, passou de grupo em grupo avisando que os policiais iriam acompanhar a passeata e pedindo que os manifestantes não utilizassem a droga para evitar confrontos.

Fonte: Site G1

Um comentário:

Julio Viana disse...

Quando o Estado é fraco, não consegue se impor através das leis, não consegue acabar com o tráfico, os oportunistas aproveitam esta fraqueza para buscarem a liberação, os politicamente corretos pensam: já que não conseguimos acabar com o problema tráfico, vamos liberar, somos modernos, problema resolvido.
Julio Viana