O Jornal Correio Braziliense flagra a ação de usuário da droga que, na Rua das Farmácias, inventa história para sensibilizar as pessoas e ganhar produtos a fim de revendê-los e comprar o entorpecente de alto poder de destruição. O jovem tem apenas 16 anos
Sujo, vestindo bermuda e blusa,
de chinelo e com uma pochete na cintura, um adolescente de 16 anos se aproxima
de uma cliente na Rua das Farmácias, na 102 Sul, próximo ao Hospital de Base do
Distrito Federal.
“Ei, moça, poderia me dar um pacote de
fraldas? É que eu tenho uma filhinha de 2 anos e ela está precisando. Pode ser
dar mais baratinhas”, diz o jovem. Após três recusas, uma mulher sensibilizada
com a história compra um pacote e faz a doação para o pedinte.
O uso do crack ocorre em um banheiro público da Quadra 2 do SCS: "A partir do momento que as pessoas deixarem de me dar as fraldas, como eu vou fazer? A fissura é muito grande" |
Mal sabe ela que a história não
passa de uma farsa e o gesto generoso contribuiu para alimentar o tráfico de
drogas na área central de Brasília.
Com as fraldas em mãos, Rafael*
caminha cerca de 300 metros e vende a mercadoria por até R$ 10 em questão de
cinco minutos. Em seguida, compra pedras de crack e as consome encostado nas
paredes pichadas do Setor Comercial Sul.
As compradoras do adolescente são
um grupo de mulheres que fica perto de um posto de gasolina, na altura da 302
Sul. A reportagem conversou com uma delas, que não quis se identificar.
Ana* diz adquirir as fraldas para
um sobrinho, mas alegou também ter medo de alguma atitude violenta dos usuários
de droga.
Fonte: Correio Braziliense
(Leia a reportagem completa noJornal Correio Braziliense)
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