O enforcamento de um jovem no último domingo (1/7) na
Unidade de Internação de Planaltina (UIP), cidade-satélite de Brasília, motivou
a visita do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) à unidade na tarde desta
terça-feira (3/7).
Por determinação do presidente do CNJ, ministro Ayres
Britto, os juízes auxiliares do Conselho Luciano Losekann e Nicolau Lupianhes,
foram à unidade apurar em que condições aconteceu a morte do adolescente de 17
anos. A partir da visita, o CNJ vai acompanhar o inquérito policial aberto pela
Polícia Civil do Distrito Federal para investigar a morte do adolescente.
Os juízes conheceram as instalações, inclusive o módulo onde
aconteceu a morte. Os adolescentes que cumprem medidas socioeducativas falaram
sobre o cotidiano na unidade, mas não revelaram nada significativo.
Segundo outros relatos colhidos pelos juízes, o jovem foi
enforcado por causa de um problema que tinha com um colega de quarto. O suposto
autor do assassinato já teria confessado a morte, segundo o juiz auxiliar da
Presidência Luciano Losekann.
“É possível evitar (mortes assim) com isolamento. Às vezes
não se sabe o que ouve no momento em que ele foi morto para que não tivesse
sido isolado previamente (do colega que o matou). Muito provavelmente foi uma
discussão efêmera, coisa de segundos. Isso tudo vai ser apurado pelo inquérito
policial que já está em curso”, afirmou Losekann.
Os juízes farão um relatório que será encaminhado ao
presidente do CNJ, ministro Ayres Britto, e às autoridades do Distrito Federal
que lidam com a aplicação das medidas socioeducativas no DF (Governo do
Distrito Federal, Ministério e Defensorias Públicos, entre outros).
Fonte: Agência CNJ de Notícias
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