A Superintendente Regional da Polícia Federal no DF, Silvana
Borges, afirmou nesta quinta-feira (19) durante velório do agente Wilton
Tapajós Macedo, no cemitério Campo da Esperança, em Brasília, que a
investigação tem dois suspeitos de envolvimento no assassinato do policial
federal.
Superintendente Regional da
Polícia Federal no DF,
Silvana Borges (Foto: Filipe Matoso/G1) |
“Estamos buscando todas as informações para chegar aos
autores do crime. Por enquanto, são dois suspeitos", afirmou.
Wilton Tapajós Macedo foi morto a tiros quando visitava o
túmulo dos pais no cemitério Campo da Esperança, nessa terça-feira (17).
Tapajós estava armado no momento do assassinato, mas não chegou a reagir. O
assassino levou o carro que estava com o policial. A arma que estava com o
agente – uma Glock 9 milímetros – e a carteira não foram roubadas.
O corpo do agente está sendo velado por familiares, amigos e
colegas de trabalho desde as 8h. O Sindicato dos Policiais Federais
(Sindipol-DF) informou que o enterro do policial está marcado para às 11h desta
quinta.
De acordo com a superintendente, a apuração do crime é feita
em conjunto pelas polícias Civil e Federal e segue em sigilo. Ela disse ainda
que o carro da vítima, levado pelos assassinos, ainda não foi encontrado. “A PF
não está intimidada, mas, sim, preparada para esse tipo de caso”, disse a
superintendente.
O secretário de Segurança Pública do DF, Sandro Avelar, foi
ao velório e confirmou a ação conjunta das polícias. "Existe uma
integração entre a PF e Polícia Civil do DF, existe uma força tarefa para
investigar este assassinato. Há, inclusive, o apoio das polícias de diversos
estados."
A delegacia que investiga o caso, a 1ª DP, na Asa Sul,
informou que o agente Tapajós teria sofrido ameaças e até registrado ocorrência
na Corregedoria da Polícia Federal (PF) após ser perseguido por um carro na
saída de um shopping de Brasília. Diante
dessas informações, ganham força duas possibilidades: morte encomendada ou
acerto de contas.
Segundo laudo preliminar de balística, o policial federal
levou dois tiros de revólver calibre 38. O primeiro, na nuca, à média
distância, foi o tiro fatal; o segundo, na têmpora, à queima-roupa, foi o de
confirmação. Fontes ligadas à investigação afirmam que as características dos
tiros reforçam a hipótese de que o agente foi executado e mostram que o crime
pode ter sido cometido por profissionais.
Perfil
Na Polícia Federal desde 1987, Wilton Tapajós Macedo
trabalhou na Operação Monte Carlo, que
resultou na prisão de Carlos Cachoeira e outras 34 pessoas envolvidas com jogo
do bicho. O agente também atuou em operações de combate à pedofilia e de
proteção a testemunhas. Ele foi ainda
candidato a deputado distrital em 2010 pelo PT do B.
“Ele era um profissional competente, trabalhador e, nas
oportunidades em que ele trabalhou com o gabinete, exerceu muito bem as
atividades”, comentou a superintendente Silvana Borges.
Fonte: Site G1
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