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quinta-feira, julho 19

PF diz investigar dois suspeitos pela morte de agente em cemitério do DF


A Superintendente Regional da Polícia Federal no DF, Silvana Borges, afirmou nesta quinta-feira (19) durante velório do agente Wilton Tapajós Macedo, no cemitério Campo da Esperança, em Brasília, que a investigação tem dois suspeitos de envolvimento no assassinato do policial federal.

Superintendente Regional da Polícia Federal no DF,
Silvana Borges (Foto: Filipe Matoso/G1)
“Estamos buscando todas as informações para chegar aos autores do crime. Por enquanto, são dois suspeitos", afirmou.

Wilton Tapajós Macedo foi morto a tiros quando visitava o túmulo dos pais no cemitério Campo da Esperança, nessa terça-feira (17). Tapajós estava armado no momento do assassinato, mas não chegou a reagir. O assassino levou o carro que estava com o policial. A arma que estava com o agente – uma Glock 9 milímetros – e a carteira não foram roubadas.

O corpo do agente está sendo velado por familiares, amigos e colegas de trabalho desde as 8h. O Sindicato dos Policiais Federais (Sindipol-DF) informou que o enterro do policial está marcado para às 11h desta quinta.

De acordo com a superintendente, a apuração do crime é feita em conjunto pelas polícias Civil e Federal e segue em sigilo. Ela disse ainda que o carro da vítima, levado pelos assassinos, ainda não foi encontrado. “A PF não está intimidada, mas, sim, preparada para esse tipo de caso”, disse a superintendente.

O secretário de Segurança Pública do DF, Sandro Avelar, foi ao velório e confirmou a ação conjunta das polícias. "Existe uma integração entre a PF e Polícia Civil do DF, existe uma força tarefa para investigar este assassinato. Há, inclusive, o apoio das polícias de diversos estados."

A delegacia que investiga o caso, a 1ª DP, na Asa Sul, informou que o agente Tapajós teria sofrido ameaças e até registrado ocorrência na Corregedoria da Polícia Federal (PF) após ser perseguido por um carro na saída de um shopping de Brasília.  Diante dessas informações, ganham força duas possibilidades: morte encomendada ou acerto de contas.

Segundo laudo preliminar de balística, o policial federal levou dois tiros de revólver calibre 38. O primeiro, na nuca, à média distância, foi o tiro fatal; o segundo, na têmpora, à queima-roupa, foi o de confirmação. Fontes ligadas à investigação afirmam que as características dos tiros reforçam a hipótese de que o agente foi executado e mostram que o crime pode ter sido cometido por profissionais.

Perfil

Na Polícia Federal desde 1987, Wilton Tapajós Macedo trabalhou na  Operação Monte Carlo, que resultou na prisão de Carlos Cachoeira e outras 34 pessoas envolvidas com jogo do bicho. O agente também atuou em operações de combate à pedofilia e de proteção a testemunhas. Ele  foi ainda candidato a deputado distrital em 2010 pelo PT do  B.

“Ele era um profissional competente, trabalhador e, nas oportunidades em que ele trabalhou com o gabinete, exerceu muito bem as atividades”, comentou a superintendente Silvana Borges.

Fonte: Site G1

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