A Promotoria de Justiça Criminal de Gravataí apresentou
nesta sexta-feira, 27, denúncia contra os três policiais do núcleo Tático
Integrado de Grupos de Repressão Especial (Tigre) do Paraná, Alex Olguerd
Danielewicz Filho, Cleber Custodio Furquim e João Paulo Heitaro, por homicídio
qualificado.
De acordo com o promotor André Luis Dal Molin Flores, que
também pediu o afastamento do trio do Tigre, o sargento da Brigada Militar
Ariel da Silva foi morto pelos policiais com quatro disparos de arma de fogo,
na madrugada de 21 de dezembro do ano passado.
Conforme a denúncia do MP, os três estavam em Gravataí
acompanhando uma quadrilha que havia sequestrado dois agricultores do Paraná e
não haviam avisado as autoridades policiais locais sobre as diligências que
fariam. Eles estavam em um veículo sem identificação e vestidos à paisana.
Por volta da 1h, trafegaram por diversas ruas do bairro
Morada do Vale II em busca do cativeiro. Por sua vez, o policial militar, de
folga, andava de motocicleta pelo bairro, onde residia. No cruzamento entre a
ERS-020 e a rua Sílvio de Freitas, Alex Filho – que estava no banco traseiro –
disparou quatro tiros de metralhadora no sargento. Antes de morrer, ele ainda
disparou com a pistola que carregava contra os policiais paranaenses, mas
acertou apenas o veículo.
Ainda de acordo com a inicial, o crime foi cometido mediante
recurso que dificultou a defesa da vítima, já que Ariel estava em uma
motocicleta, enquanto que os policiais paranaenses não podiam ser vistos em
virtude de película escura nos vidros. Além disso, o homicídio foi cometido
através de meio que resultou em perigo comum, já que foi utilizada uma
metralhadora em via pública e dois tiros acertaram residências próximas.
MORTE DO REFÉM
Em 23 de fevereiro deste ano, o Promotor denunciou 12
pessoas envolvidas no episódio, oito delas integrantes da quadrilha que
realizou o sequestro. Durante o estouro do cativeiro, por volta das 10h30min de
21 de dezembro, o refém morreu baleado.
O acusado de ter atirado contra a vítima, Lirio Darcy, é o
delegado de Polícia gaúcho Leonel Carivalli. Também foram denunciados por
omissão, já que poderiam ter evitado o sequestro por terem informações através
de interceptações telefônicas de que o crime ocorreria, os delegados
paranaenses Danilo Zarlenga Crispim e Renato Bastos Figueiro, além do
investigador de Polícia do Paraná Fábio Lacerda Gusmão.
Eles serão ouvidos
pela Justiça de Gravataí no próximo dia 8 de agosto.
Fonte: Site do MPRS
Fonte: Site do MPRS
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