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sábado, julho 28

Policiais paranaenses são denunciados pela morte de PM em Gravataí


A Promotoria de Justiça Criminal de Gravataí apresentou nesta sexta-feira, 27, denúncia contra os três policiais do núcleo Tático Integrado de Grupos de Repressão Especial (Tigre) do Paraná, Alex Olguerd Danielewicz Filho, Cleber Custodio Furquim e João Paulo Heitaro, por homicídio qualificado.

De acordo com o promotor André Luis Dal Molin Flores, que também pediu o afastamento do trio do Tigre, o sargento da Brigada Militar Ariel da Silva foi morto pelos policiais com quatro disparos de arma de fogo, na madrugada de 21 de dezembro do ano passado.

Conforme a denúncia do MP, os três estavam em Gravataí acompanhando uma quadrilha que havia sequestrado dois agricultores do Paraná e não haviam avisado as autoridades policiais locais sobre as diligências que fariam. Eles estavam em um veículo sem identificação e vestidos à paisana.

Por volta da 1h, trafegaram por diversas ruas do bairro Morada do Vale II em busca do cativeiro. Por sua vez, o policial militar, de folga, andava de motocicleta pelo bairro, onde residia. No cruzamento entre a ERS-020 e a rua Sílvio de Freitas, Alex Filho – que estava no banco traseiro – disparou quatro tiros de metralhadora no sargento. Antes de morrer, ele ainda disparou com a pistola que carregava contra os policiais paranaenses, mas acertou apenas o veículo.

Ainda de acordo com a inicial, o crime foi cometido mediante recurso que dificultou a defesa da vítima, já que Ariel estava em uma motocicleta, enquanto que os policiais paranaenses não podiam ser vistos em virtude de película escura nos vidros. Além disso, o homicídio foi cometido através de meio que resultou em perigo comum, já que foi utilizada uma metralhadora em via pública e dois tiros acertaram residências próximas.

MORTE DO REFÉM

Em 23 de fevereiro deste ano, o Promotor denunciou 12 pessoas envolvidas no episódio, oito delas integrantes da quadrilha que realizou o sequestro. Durante o estouro do cativeiro, por volta das 10h30min de 21 de dezembro, o refém morreu baleado.

O acusado de ter atirado contra a vítima, Lirio Darcy, é o delegado de Polícia gaúcho Leonel Carivalli. Também foram denunciados por omissão, já que poderiam ter evitado o sequestro por terem informações através de interceptações telefônicas de que o crime ocorreria, os delegados paranaenses Danilo Zarlenga Crispim e Renato Bastos Figueiro, além do investigador de Polícia do Paraná Fábio Lacerda Gusmão.

 Eles serão ouvidos pela Justiça de Gravataí no próximo dia 8 de agosto.

Fonte: Site do MPRS

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