Mulher foi usada como laranja e pagou à vista carro de R$ 230 mil (Foto: Polícia Civil/Divulgação) |
O Departamento de Investigações do Narcotráfico (Denarc)
apreendeu no Rio Grande do Sul bens estimados em R$ 1,5 milhão em operação
realizada na última semana. Carros e casas de luxo no Litoral Norte estão entre
as propriedades financiadas pelo tráfico na Vila Maria da Conceição, na zona
leste de Porto Alegre. Uma das residências, em Imbé, tinha seis dormitórios e
piscina. Outra contava com sala de jogos e hidromassagem.
Casa comprada com dinheiro do tráfico em Imbé tem seis quartos (Foto: Fabio Almeida/RBS TV) |
As casas foram tomadas pela polícia, que combate o tráfico
apreendendo também os bens dos suspeitos. Uma das casas está avaliada em R$ 400
mil e outra, em R$ 240 mil. Desde outubro do ano passado, 60 pessoas foram
presas por envolvimento com a venda de drogas na Vila Maria da Conceição.
Banheira de hidromassagem em outra casa (Foto: Fabio Almeida/RBS TV) |
As casas e carros
comprados com dinheiro do tráfico foram colocados em nome de laranjas. Em
troca, segundo a polícia, a quadrilha realizou melhorias na vila, como uma
pracinha para diversão das crianças e uma piscina aberta para alguns moradores.
"Isso mostra o quanto se pode ganhar com o tráfico. Se
souber lavar o dinheiro, melhor. Uma das casas está em nome de uma pessoa que é
um laranja. Essa pessoa não tem renda para ter essa casa", diz o delegado
Marcus Vinicius Viafore, da Polícia Civil.
A lavagem de dinheiro era feita com a venda de carros de
luxo. Os traficantes usaram como laranja uma moradora da vila, que vai até uma
concessionária de veículos importados de Porto Alegre acompanhada dos
suspeitos.
Depois da prisão do chefe do tráfico na Vila, Paulo Ricardo
Santos da Silva, o Paulão, o enteado assumiu os negócios. Ele foi preso no ano
passado e é suspeito de ser o responsável pela lavagem de dinheiro e compra de
todos esses bens apreendidos pela polícia. De acordo com o Denarc, o traficante
obtinha os veículos e as casas no nome de pelo menos quatro laranjas identificados
e que serão indiciados. Ele comandava os negócios de dentro do presídio.
"É a repressão do narcotráfico e a repressão do
patrimônio adquirido com narcotráfico. Porque uma organização criminosa
trabalha nessas duas frentes. Tanto negociando as drogas quanto aliando
patrimônio, colocando nomes de terceiros, lavando o dinheiro do tráfico",
diz o delegado.
Fonte: Site G1RS
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