O relator da ação penal do chamado mensalão, ministro
Joaquim Barbosa, votou nesta segunda-feira, no Supremo Tribunal Federal (STF),
pela condenação do ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil Henrique
Pizzolato pelos crimes de peculato, corrupção passiva e lavagem de dinheiro, e
do publicitário Marcos Valério e dois ex-sócios por peculato e corrupção ativa.
Pizzolato teria recebido 326 mil reais de Valério e de
Cristiano Paz e Ramon Hollerbach, então sócios da DNA Propaganda, para
beneficiar a agência, segundo a denúncia do Ministério Público Federal (MPF).
Valério é apontado pelo MPF como o principal operador do suposto esquema.
O ex-diretor teria ainda permitido violações a cláusulas do
contrato entre o Banco do Brasil e a DNA, que teriam permitido à agência
apropriar-se de valores correspondentes ao bônus de volume, que deveriam ter
sido repassados ao banco.
Pizzolato também é acusado de ter autorizado desvios em
recursos de publicidade fornecidos pela Visanet, e pertencentes ao BB, no valor
de 74 milhões de reais, em antecipações autorizadas em benefício da DNA
Propaganda, segundo o MPF.
O ex-ministro da Secretaria de Comunicação da Presidência da
República Luiz Gushiken foi absolvido por Barbosa por falta de provas, seguindo
pedido feito pela Procuradoria-Geral da República.
Barbosa já havia pedido a condenação de Valério, Hollerbach
e Paz pelos crimes de corrupção ativa e peculato por crimes que teriam sido
cometidos durante a gestão do deputado federal João Paulo Cunha (PT-SP) como
presidente da Câmara em contratos com a agência de publicidade SMP&B, de
Valério.
Cunha foi considerado culpado por Barbosa pelos crimes de
corrupção passiva, lavagem de dinheiro e peculato.
Fonte: Agência Reuters
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