O empresário Thor Batista afirmou na última quinta-feira,
dia 25, em depoimento à juíza Daniela Barbosa Assumpção, da 2ª Vara Criminal de
Duque de Caxias, que foi muito forte o
impacto da batida que culminou com a morte do ciclista Wanderson Pereira dos
Santos, na Rodovia Washington Luís, em março do ano passado.
No entanto, o acusado ressaltou que dirigia dentro do limite
de velocidade no instante do atropelamento. Thor é acusado de homicídio culposo
- quando não há intenção de matar.
Numa sessão que durou 41 minutos, Thor Batista afirmou que o
acidente foi inevitável. E que circulava pela rodovia em velocidades que
variavam de 70 km/h (na serra) a 100 km/h (nas retas). O empresário acrescentou
que viu o ciclista no meio da pista, seguindo da direita para a esquerda, e que
não teve como evitar o choque.
Thor disse que, por ter a carroceria baixa, o carro dele -
uma Mercedes-Benz SLR McLaren - atingiu o quadro da bicicleta. Após o acidente,
Thor afirmou ter entrado em contato com a família de Wanderson para prestar
auxílio financeiro, chegando a oferecer R$ 300 mil. O processo agora entra na
fase das alegações finais.
Tanto o Ministério Público quanto a defesa do empresário
terão cinco dias para compor os autos processuais. Empresário diz que soube do
excesso de pontos na carteira pela mídia Perguntado sobre o excesso de pontos na
carteira de motorista, Thor Batista alegou desconhecer as infrações. Ele disse
que soube desse assunto pela mídia e que nunca foi notificado,
responsabilizando os seguranças pela alta pontuação na CNH.
Segundo Thor Batista,
seus seguranças costumam usar o veículo, principalmente à noite ou quando está
cansado. Após o acidente, Thor Batista disse que vendeu um dos três esportivos
que possuía, alegando problemas financeiros em sua empresa. Relembre o caso Em
12 de março, Thor Batista faltou ao interrogatório, alegando problemas de
saúde.
Na época, os advogados de defesa afirmaram que o empresário
necessitava de repouso. Na ocasião, a juíza Daniela Assumpção, atendendo ao
pedido do MP, determinou que novo laudo pericial fosse realizado para detectar
a velocidade do carro de Thor na hora do atropelamento. No dia 27 de fevereiro,
a juíza Daniela Barbosa determinou a retirada dos laudos periciais dos autos,
por terem sido anulados pela 5ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça.
O pedido de anulação do documento e de afastamento do perito
foi feito pela defesa de Thor Batista. Na decisão, a magistrada destacou que o
perito teve contato direto com o Ministério Público por mais de uma vez.
Segundo a juíza, tal iniciativa seria capaz de “suscitar
dúvidas sobre sua atuação como auxiliar da Justiça”. A primeira perícia
realizada pelo Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE) calculou que o
carro de Thor estava a 135 km/h no momento do acidente. O documento foi
apresentado em 13 de dezembro do ano passado.
A defesa do empresário, no entanto, disse que a perícia não
era válida porque não havia sido anexada aos autos processuais.
Processo nº 0026925-48.2012.8.19.0021
Fonte: Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro
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