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sexta-feira, abril 12

Dicas para realizar uma boa audiência criminal


Li no Canal Ciências Criminais, e compartilho com meus leitores, com algumas anotações complementares! 

Não se trata, obviamente, de um manual, mas são dicas/orientações que valem ser observadas por qualquer advogado criminalista.

Confiram abaixo


A audiência criminal é um dos principais atos do processo, onde será produzida a prova oral. É de suma importância saber como se portar nesse ato e saber previamente o que fazer para não ser surpreendido. O objetivo destas dicas não é esgotar o tema, mas, de certa forma, contribuir para aqueles que estão no início da advocacia criminal.
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1. Conhecer profundamente o processo, embora seja uma dica óbvia, muitos advogados não conhecem os detalhes do processo. O ideal é fazer um esquema ou anotação sobre tudo aquilo que é mais relevante, e que não pode ser esquecido no momento da audiência.

2. Ter cópia integral do processo e marcar as principais páginas, como por exemplo, depoimentos prestados no inquérito policial, para verificar se há divergência com o depoimento que será prestado em juízo.

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3. Se algum pedido for negado em audiência, alegar cerceamento de defesa e pedir para constar em ata. Infelizmente, hoje, a jurisprudência vem entendendo que a maioria das nulidades é relativa, logo deve ser alegado naquele momento, sob pena de preclusão.

4. Olhar para a testemunha e não para o juiz no momento da inquirição. Após a reforma pela Lei 11.690/08, as perguntas serão formuladas pelas partes diretamente à testemunha, conforme aduz art. 212 CPP.

5.  Não concordar com a inversão da ordem prevista no art. 400 CPP. Pode ocorrer de faltar uma testemunha da acusação e o juiz perguntar à defesa sobre  inverter a ordem, ou seja, ouvir primeiro a testemunha de defesa para então, depois, ouvir a de acusação, o que não está permitido pela norma.

6. Não brigue na audiência. Ser técnico e educado causa melhor impressão do que a grosseria.

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7. Utilizar nas audiências, quando necessário a súmula vinculante número 11, ou seja, o uso de algemas deve ser fundamentado. Sempre requerer que seu cliente esteja sem algemas em audiências.

8. Apenas perguntar à testemunha aquilo que sabe que ela pode/vai responder. Não fazer perguntas abertas, pois pode prejudicar seu cliente. Saber ao certo o que quer provar com o depoimento da testemunha é importante, porque assim reforça e corrobora a tese defensiva. Elaborar também perguntas objetivas e não dar margem para subjetividade é uma boa estratégia. Ter presente que, em determinadas situações, não é conveniente perguntar, por exemplo, quando a acusação já o fez, quando o juiz também obteve essa resposta, salvo se precisar de algum esclarecimento adicional.
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9. Buscar conhecer o perfil das testemunhas de acusação, analisar a idade, profissão, relação com a causa, com o acusado e a vítima


10. Sempre levar um esboço escrito, caso seja oportunizada a oferta de alegações finais em audiência, o que deverá ser realizado oralmente..


Fonte: Canal Ciências Criminais

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