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terça-feira, agosto 3

Aposentadoria Compulsória de Ministro do STJ

O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) decidiu hoje (3), por unanimidade, aposentar compulsoriamente o ministro Paulo Medina, do Superior Tribunal de Justiça (STJ). O relator do processo, o corregedor nacional de Justiça, Gilson Dipp, julgou procedente o processo administrativo disciplinar contra Medina e determinou pena de aposentadoria compulsória por interesse público.

Medina está afastado do STJ desde maio de 2007, acusado de participar de esquema de venda de sentenças para beneficiar empresários dos bingos. Ele também responde a ação penal no Supremo Tribunal Federal (STF) por suspeita de envolvimento com a máfia dos caça-níqueis.
(Fonte: Site OAB)

A Defesa:
O advogado de Paulo Medina, Antonio Carlos de Almeida Castro, negou o envolvimento de seu cliente com a máfia dos caça-níqueis. Almeida Castro negou ainda que Medina tenha vendido sentenças. Medina está sendo investigado pelos crimes de corrupção passiva - recebimento de propina - e prevaricação - uso de cargo público para a obtenção de vantagens. Se condenado, pode pegar até 13 anos de prisão.


Nas investigações da Operação Furacão, iniciada em dezembro de 2005, o irmão do ministro Paulo Medina, Virgílio Medina, foi apontado como negociador na venda de sentenças judiciais favoráveis a empresários ligados ao jogo. Durante a operação, em abril de 2007, a PF colocou Paulo Medina sob suspeita de envolvimento com a venda de sentença para beneficiar a máfia dos caça-níqueis. Escutas telefônicas feitas pela PF comprovariam a participação de Medina no esquema.


Segundo a PF, uma das sentenças teria sido supostamente vendida por Paulo Medina por R$ 1 milhão. O ministro nega a acusação de ter negociado sentenças judiciais. Almeida Castro afirmou que Medina teve o nome usado indevidamente por pessoas ligadas à exploração de jogos ilegais e pelo próprio irmão. Disse ainda que as escutas da PF não provam o envolvimento de Medina no esquema de venda de sentenças.

Comentário meu: Esse foi o 'presente' que ganhou o Ministro Paul Medina depois de se ver submerso por acusações de corrupção - venda de sentenças, mais particularmente. Outro dia publiquei aqui no Blog uma matéria sobre os riscos de que a demora no julgamento do Processo Penal a que responde o Ministro determinasse sua aposentadoria compulsória, pelo adimplemento dos 70 anos.  Nem precisou esperar completar a idade, o próprio STJ aplicou a pena de aposentadoria compulsória por interesse público. Castigo ou prêmio? Um prêmio, já que Paulo Medina receberá proventos de aposentoria proporcionais ao tempo de serviço.

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