Traficantes se instalaram na Região Sul com a intenção de exportar cocaína plantada na Bolívia e na Colômbia para a Europa via porto de Rio Grande.
As recentes operações das polícias Civil e Federal fazem saltar as estatísticas de apreensão de drogas e expõem a nova planta do narcotráfico no Estado. Há dois ramos bem definidos: uma safra de traficantes que brota no meio rural, “produzindo” pó e pedra para distribuição entre os gaúchos, e o enraizamento de cartéis que exportam cocaína para a Europa como se fossem cereais.
O maior e mais organizado grupo fincou bandeira na Região Sul visando a transformar Rio Grande em uma base de operações e abarrotar navios que rumam a países ricos com toneladas de cocaína pura plantada na Colômbia e na Bolívia.
A escolha é uma questão estratégica para os negócios: reduzir o risco de apreensão. É quase impossível as quadrilhas mandarem drogas para a Europa por portos de Barranquilla ou Cartagena, na Colômbia, ou de países vizinhos na costa do Pacífico porque as cargas são consideradas sempre suspeitas e vistoriadas no desembarque. Além disso, conhecidas rotas de contrabando como o porto de Montevidéu, no Uruguai, estão com as comportas praticamente fechadas por causa do arrocho da fiscalização.
Assim, o Brasil se tornou atraente por ser um país exportador com mais de 30 portos de grande e média estrutura, escoando milhões de toneladas de cargas confiáveis para os quatro cantos do planeta. Soma-se a isso o fato de a fiscalização ser por amostragem, para evitar um colapso no vaivém de navios e multas por atrasos.
A migração dos cartéis para o Brasil é do conhecimento das autoridades que apertaram o cerco em Estados como São Paulo, Paraná e Santa Catarina. E isso fez do Porto de Rio Grande a bola da vez para os times de narcotraficantes, depois dos recentes e sucessivos abalos sofridos em portos como os de Imbituba, Santos e Paranaguá, onde foram apreendidas mais de seis toneladas de cocaína que seguiriam para a Espanha e o Leste Europeu.
– As quadrilhas preferem o transporte marítimo, por ser em contêineres lacrados, e não há como abrir todos, mesmo com o sistema de Raio X, pois tornaria impraticáveis as operações. A preocupação com Rio Grande é constante. Temos lá duas delegacias, uma delas marítima, com lanchas e botes – afirma José Antônio Dornelles, delegado regional executivo da Superintendência da Polícia Federal no Rio Grande do Sul.
Dornelles explica que, toda vez que uma empresa exportadora se instala em Rio Grande, o serviço de inteligência da PF investiga a situação financeira e o histórico dela, além de informações dos seus donos e empregados.
Os 522 quilos de cocaína que seguiriam para a Espanha estão sob análise de peritos da PF em Porto Alegre para tentar identificar a origem. Parte dos tijolos tem a inscrição F1 (em referência à Fórmula 1, categoria de elite do automobilismo) em baixo relevo, o que indica ser de altíssima pureza.
O maior e mais organizado grupo fincou bandeira na Região Sul visando a transformar Rio Grande em uma base de operações e abarrotar navios que rumam a países ricos com toneladas de cocaína pura plantada na Colômbia e na Bolívia.
A escolha é uma questão estratégica para os negócios: reduzir o risco de apreensão. É quase impossível as quadrilhas mandarem drogas para a Europa por portos de Barranquilla ou Cartagena, na Colômbia, ou de países vizinhos na costa do Pacífico porque as cargas são consideradas sempre suspeitas e vistoriadas no desembarque. Além disso, conhecidas rotas de contrabando como o porto de Montevidéu, no Uruguai, estão com as comportas praticamente fechadas por causa do arrocho da fiscalização.
Assim, o Brasil se tornou atraente por ser um país exportador com mais de 30 portos de grande e média estrutura, escoando milhões de toneladas de cargas confiáveis para os quatro cantos do planeta. Soma-se a isso o fato de a fiscalização ser por amostragem, para evitar um colapso no vaivém de navios e multas por atrasos.
A migração dos cartéis para o Brasil é do conhecimento das autoridades que apertaram o cerco em Estados como São Paulo, Paraná e Santa Catarina. E isso fez do Porto de Rio Grande a bola da vez para os times de narcotraficantes, depois dos recentes e sucessivos abalos sofridos em portos como os de Imbituba, Santos e Paranaguá, onde foram apreendidas mais de seis toneladas de cocaína que seguiriam para a Espanha e o Leste Europeu.
– As quadrilhas preferem o transporte marítimo, por ser em contêineres lacrados, e não há como abrir todos, mesmo com o sistema de Raio X, pois tornaria impraticáveis as operações. A preocupação com Rio Grande é constante. Temos lá duas delegacias, uma delas marítima, com lanchas e botes – afirma José Antônio Dornelles, delegado regional executivo da Superintendência da Polícia Federal no Rio Grande do Sul.
Dornelles explica que, toda vez que uma empresa exportadora se instala em Rio Grande, o serviço de inteligência da PF investiga a situação financeira e o histórico dela, além de informações dos seus donos e empregados.
Os 522 quilos de cocaína que seguiriam para a Espanha estão sob análise de peritos da PF em Porto Alegre para tentar identificar a origem. Parte dos tijolos tem a inscrição F1 (em referência à Fórmula 1, categoria de elite do automobilismo) em baixo relevo, o que indica ser de altíssima pureza.
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