A proliferação da venda de drogas por computador desafia as autoridades a encontrar maneiras eficazes de criar barreiras ao envio de encomendas ilegais. Um dos pontos cruciais desse sistema são os Correios, usados para transportar as substâncias ilegais escondidas em encomendas aparentemente comuns.
Além de contar com seus próprios funcionários para tentar flagrar os pacotes com tóxico, o serviço postal trabalha em parceria com a Polícia Federal e utiliza equipamentos como máquinas de Raio-X e espectômetros de massa – equipamento que consegue realizar uma inspeção mais detalhada das encomendas analisando micropartículas nos grandes centros de distribuição. Por meio de uma nota oficial, porém, os Correios informam que preferem não divulgar a quantidade de drogas flagradas por razões estratégicas.
Reconhecem apenas que as apreensões de entorpecentes misturados a correspondências estão aumentando “ano a ano” no Brasil. O texto oficial complementa: “a operação dos equipamentos é feita exclusivamente por empregados treinados e em caráter reservado. Além disso, a Policia Federal faz constantes operações com o uso de cães farejadores treinados para a detecção de objetos com drogas”.
A assessoria de imprensa da PF em Brasília afirma que os inquéritos envolvendo tráfico de drogas não são separados conforme o tipo de venda, o que impede uma contabilidade específica desse tipo de crime. Titular da Delegacia de Repressão a Entorpecentes da PF no Estado, Roger Soares Cardoso afirma que o tráfico high tech é um problema em ascenção.
– É uma tendência mundial. A droga sintética, que é o principal tipo vendido pela internet, vem chegando com muita força. Acredito que, daqui a alguns anos, é o que vai predominar porque não precisa de plantação, não precisa de muito equipamento. Estamos trabalhando para melhorar o combate a esse tipo de crime – sustenta.
Como resultado da maior atenção que os traficantes online vêm despertando, há vários casos recentes de prisões de comerciantes e compradores. No mês passado, por exemplo, um pai e um filho foram detidos por cultivar pés de maconha em seu apartamento (veja ao lado). As sementes, provenientes da Europa, foram encomendadas pela dupla por meio da internet.
(Fonte: Zero Hora)
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