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domingo, outubro 17

Tráfico On Line III - Sites enviam semente de maconha a domicílio

Para iniciar uma plantação doméstica ilegal de maconha, basta um cartão de crédito e um computador conectado à internet. Com isso em mãos, é possível acessar um dos muitos sites que oferecem sementes de cannabis e fazer a encomenda do produto sem sair de casa. Alguns chegam a informar que a compra da semente não é crime – mas a Polícia Federal ressalta que o procedimento é ilegal e pode resultar em prisão.

Boa parte dos sites encontrados com auxílio de sistemas de busca da internet informam como local de hospedagem a Holanda, onde há uma legislação mais branda em relação ao comércio de determinados entorpecentes. De maneira geral, os sites informam que a venda dos produtos oferecidos é legal no país onde se encontram, e transferem para o cliente a responsabilidade de conferir se a encomenda da droga é irregular em seu país.

Em contato feito por e-mail com a reportagem de Zero Hora, um dos responsáveis por um site supostamente holandês mas escrito em português e com logotipo inspirado na bandeira do Brasil, identificado pelo nome de Cristiano, falou sobre a remessa de sementes da Europa para o Brasil.

– As nossas encomendas têm chegado bem e sem problemas ao Brasil. Semente não é ilegal no Brasil – garantiu o comerciante.

Venda das sementes é crime no Brasil

Conforme o delegado da Polícia Federal Roger Soares Cardoso, responsável pela área de Repressão a Entorpecentes, o envio de sementes de cannabis para o país pode ser enquadrado como crime:

– Se a semente tiver o princípio ativo da droga, o THC, é considerada droga e é ilegal. O que temos visto é que sites registrados em regiões como a dos Países Baixos vendem esses produtos para outros países.

Membro do Observatório Europeu da Droga e da Toxicodependência, Brendan Hughes esclarece como os sites são enquadrados na Europa:

– A maioria dos países não lista sementes de cannabis como substância sob controle específico. Porém, se promotores desejarem, podem optar por processar (os responsáveis pelas páginas) com base em acusações mais genéricas como “facilitar o cultivo de drogas”.
(Fonte: Zero Hora)

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