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segunda-feira, julho 25

Índices de Criminalidade em São Paulo

Minha estada na capital paulista me permitiu ouvir a divulgação, por parte da Secretaria de Segurança Pública, dos dados estatísticos a respeito da criminalidade no Estado.

Houve uma expressiva queda de homicídios dolosos no primeiro semestre deste ano. Foram 278 mortes a menos do que no mesmo período do ano passado, quando houve 2.278 casos, uma queda de 12,2%. A informação consta das estatísticas mensais da criminalidade, divulgadas pela Coordenadoria de Análise e Planejamento (CAP) da Secretaria da Segurança Pública (SSP).

Mantida a tendência verificada desde o começo do ano, a estimativa é de que São Paulo encerre 2011 abaixo da chamada zona de epidemia, classificada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) quando há 10 ou mais homicídios por grupo de 100 mil habitantes/ano. A estimativa com os números obtidos até o momento é de taxa de 9,60/100 mil habitantes. No Brasil é de 25/100 mil habitantes. Desde 1999, São Paulo já reduziu em 70% o número de homicídios dolosos.

Outro comparativo a se considerar é o dos últimos 12 meses, período em que o Estado de São Paulo registrou 483 mortes intencionais a menos, numa redução de 10,67%. De julho de 2009 a junho de 2010, foram registrados 4.525 homicídios dolosos, contra 4.042 de julho de 2010 a junho de 2011.

A SSP atribui a contínua redução das mortes intencionais em todo o Estado à investigação, identificação e prisão dos autores de homicídios, à melhoria da gestão policial, com o aumento do número de policiais militares nas ruas, ao recolhimento de armas ilegais e ao investimento do Estado em segurança pública, inteligência policial e tecnologia da informação.

As tentativas de homicídios também seguiram a tendência de queda. Houve um recuo de 5,39% nos primeiros seis meses deste ano. Foram apontados 139 casos a menos do que em igual período de 2010.

O homicídio doloso na capital recua quase 30%

A cidade de São Paulo, a quarta maior do planeta, deu decisiva contribuição para a redução dos homicídios em todo o Estado e lidera a redução de mortes intencionais, com recuo de 28,79% em relação ao primeiro semestre do ano passado. De janeiro a junho de 2011, foram computados 190 casos a menos: 660 no primeiro semestre de 2010 contra 470 em igual período deste ano.

Na região da Grande São Paulo houve uma diminuição de 8,5% nos homicídios de janeiro a junho. Foram 47 ocorrências a menos, com 553 no primeiro semestre do ano passado contra 506 até o final do mês passado.

No interior e litoral o número de homicídios dolosos caiu 3,85% até junho deste ano, com 41 casos a menos do que em igual período de 2010, quando foram registradas 1.065 mortes intencionais.

Quatro flagrantes por hora: é a polícia paulista trabalhando

Um dos indicadores de atividade policial, os flagrantes de tráfico de drogas registraram aumento nos primeiros seis meses deste ano. Houve 18.027 casos – 3.276 a mais do que no primeiro semestre de 2010, quando foram registrados 14.751 boletins de ocorrência (BOs) de tráfico de drogas. De janeiro a junho o aumento acumulado é de 22,21%, representando uma média de quatro flagrantes de tráfico de drogas por hora. Este tipo de ocorrência depende totalmente da ação policial; o crescimento indica maior eficiência das polícias para apreender drogas ou prender traficantes.

O número de prisões efetuadas pelas polícias subiu 11,38% neste semestre, com 6.814 prisões a mais. Até junho, as polícias realizaram 66.699, contra 59.885 no mesmo período do ano passado. A cada dia, as polícias paulistas realizam uma média de 360 prisões.

Menos roubos: mais tranquilidade ao cidadão

Depois de um recuo de todos os crimes contra o patrimônio em 2011, três deles voltaram a cair tanto no primeiro semestre do ano quanto nos últimos 12 meses: os roubos em geral, roubos de carga e as extorsões mediante sequestro. Os roubos de carga caíram 3,8% no primeiro semestre deste ano, com 132 casos a menos. Foram registrados 3.345 até junho, contra 3.477 em igual período do ano passado.

No acumulado de 12 meses, houve 282 roubos de carga a menos – o que representa uma redução de 3,79%.

Houve 525 ocorrências de roubo em geral a menos do que no primeiro semestre de 2010. Nos últimos 12 meses, este crime manteve a tendência de queda de 3,06%, com 7.345 casos a menos no Estado. O destaque é para a Capital, com 5.368 roubos a menos.

As extorsões mediante sequestro também apresentaram queda tanto no semestre quanto nos últimos 12 meses. De janeiro a junho deste ano foram apontados 12 casos a menos – o que representa uma redução de 26,09%. Já nos últimos 12 meses, houve um recuo de 32,22%, com menos 29 extorsões mediante sequestro.

Os roubos a banco caíram 15,89% no acumulado dos últimos 12 meses. De julho de 2010 a junho de 2011, foram registradas 217 ocorrências, contra 258 de julho de 2009 a junho de 2010.

Milhares de veículos recuperados pelas polícias

Somente no primeiro semestre deste ano, as polícias paulistas recuperaram 3.609 veículos a mais do que no mesmo período do ano passado: foram 39.443 veículos até junho, contra 35.834 em igual período de 2010.

Ao longo da última década, o Estado reduziu em 25% os roubos e furtos de veículos. O risco de um veículo ser roubado ou furtado no Estado é 56% menor, como demonstram as taxas por 100 mil: antes, o índice era de 1.891,52/100 mil veículos e hoje é de 836,11/100 mil. No período, a frota estadual saltou de 12,4 para 20,2 milhões de veículos.

Depois da queda observada nos últimos 10 anos, os números voltaram a subir. No primeiro semestre deste ano, os furtos de veículos oscilaram para cima em 7,77%; os roubos de veículo, em 9,77%.

O crime de latrocínio

No primeiro semestre de 2011, houve 27 latrocínios a mais do que no mesmo período do ano passado, no Estado. Essa modalidade criminal recebe atenção especial das polícias paulistas, com o reforço do policiamento e o mapeamento das ocorrências.

Com relação aos furtos, no entanto, houve um aumento de 10%, e os ataques a caixas eletrônicas foram responsáveis por esse acréscimo. Nos primeiros cinco meses do ano foram 226.000 no Estado.

Atualizações mais frequentes

Como alertado nos últimos meses, quando as estatísticas da criminalidade passaram a ser divulgadas mensalmente, as atualizações de dados informados passaram a ser mais frequentes. A maioria das alterações decorre da mudança de natureza criminal, a partir de investigações conduzidas por autoridades policiais.

Há, também, casos em que a natureza preponderante muda pela morte da vítima, em momento posterior ao registro. As estatísticas da criminalidade são utilizadas, em primeiro lugar, para o planejamento das polícias e da área de segurança. Servem, por exemplo, para orientar aquisições e distribuição de recursos humanos, tecnológicos e materiais. Devem ser um retrato o mais fiel possível da realidade. Por isso, são atualizadas sempre que a autoridade policial conclui ser outra a natureza de um crime.

As atualizações são feitas pela Coordenadoria de Análise e Planejamento (CAP) da Secretaria da Segurança Pública, depois de receber comunicação formal da unidade policial responsável pela investigação. Antes de serem oficializadas, as alterações propostas são checadas pela CAP.

Fonte: Assessoria de Imprensa e Comunicação da Secretaria da Segurança Pública

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