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terça-feira, março 27

Suspeita de enviar doce envenenado à jovem era amiga da família



Adolescente de 15 anos de Curitiba recebeu chocolate como 'amostra'.
Marido da suspeita foi encontrado espancado em Santa Catarina.

A mulher suspeita de enviar doces envenenados como amostra para uma adolescente de Curitiba, que organizava uma festa de 15 anos, era amiga da família, de acordo com investigações da Delegacia de Homicídios da capital. A polícia localizou a residência dela em Joinville, no estado de Santa Catarina, na qual foi encontrado o inseticida utilizado para envenenar o chocolate. Ela tem 45 anos e segue foragida.

A encomenda foi entregue para a jovem por um taxista contratado pela suspeita no dia 12 de março. A jovem dividiu a “amostra” com mais três amigos, e todos foram encaminhados ao hospital com intoxicação. A princípio, a suspeita era de que havia veneno de rato nos doces. Todos já receberam alta do hospital.

De acordo com o delegado Rubens Recalcatti, a mulher havia sido contratada para fornecer os doces para a festa da menina, mas não havia suspeitas sobre ela pelo fato de ser próxima à família da jovem. “Tem uma relação de amizade já com a família de alguns anos, porque ela já teria feito alguns outros eventos para a família, tipo de aniversário ou coisa parecida”, afirmou.

Ainda de acordo com Recalcatti, a investigação sugere que a suspeita tenha problemas psicológicos. “Era uma pessoa um pouco conturbada, talvez, muito ciumenta, talvez com um pouco de inveja”, disse. Ainda assim, a motivação da tentativa de homicídio só poderá ser esclarecida após o depoimento da mulher.

Marido ferido

Em buscas à residência da mulher em Joinville no dia 22 de março, a polícia encontrou o marido dela gravemente ferido. Segundo Recalcatti, ele “foi espancado violentamente”, e a casa estava em completa desordem. “Estava toda suja de sangue em algumas peças”, contou o delegado. O homem está internado na UTI de um hospital da cidade, mas ainda não consegue falar.

Recalcatti não acredita que ele tenha relação com o envenenamento, tampouco crê que a mulher tenha sida a autora das agressões. A hipótese de vingança não está descartada, bem como a possibilidade de a suspeita ter sido sequestrada, ou até mesmo morta.

O inquérito sobre o crime está sendo elaborado, e, quando concluído, Recalcatti deve pedir a prisão da suspeita. O carro dela está desaparecido e foi registrado como roubado, para que facilite o monitoramento.


Fonte: Site G1

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