O advogado do empresário Roberto de Assis Moreira, Sergio
Felício Queiroz, criticou a repercussão da condenação do irmão do jogador
Ronaldinho Gaúcho – sentenciado por lavagem de dinheiro e sonegação de
impostos. "Não entendo a razão para o alarde da imprensa sobre esse caso.
Acho que é um abuso contra a pessoa do Assis. Esse tipo de condenação não é
inédita no Brasil. Já existiram outros casos assim", resumiu em entrevista
ao site do Correio do Povo nesta quarta-feira.
Questionado sobre a possibilidade de Assis se manifestar,
Queiroz foi taxativo. "Não existe uma razão para ele conversar com a
imprensa neste momento. Pretendemos entrar com um recurso legal no prazo da lei
para reverter essa decisão da Justiça", acrescentou o advogado.
O irmão e empresário do meia Ronaldinho, Roberto de Assis
Moreira, foi condenado a cinco anos de prisão por lavagem de dinheiro e
sonegação de impostos, de acordo com decisão publicada na quinta-feira da
semana passada pelo juiz da 1ª Vara
Federal Criminal de Porto Alegre, especializada em crimes contra o sistema
financeiro.
Segundo a denúncia, o empresário teria contribuído para que
fossem ocultadas do Banco Central informações referentes a operações de câmbio
para transferências de dinheiro do exterior para o Brasil, um valor estimado em
880 mil dólares, junto à sociedade LESPAN S/A., uma casa cambial com sede em
Montevidéu, no Uruguai, a qual operaria sem autorização.
Ainda conforme a denúncia, Assis manteve depósitos de cerca
de 455 mil dólares em uma conta na Suíça, nos anos de 2002 e 2003, sem
declará-los ao Banco Central. O documento ainda relata que, entre os meses de
fevereiro e dezembro de 2003, pelo menos, ocultou movimentações e propriedade
de um montante de R$ 776.480,28.
Segundo o juiz, Assis foi ouvido pela polícia durante a
investigação. A alegação do empresário sobre o dinheiro investido e impostos
sonegados é que eles tinham origem em sua carreira como jogador de futebol
profissional na Europa, e que, por isso, manteve conta junto ao banco suíço.
Assis confirmou ter ordenado operações de transferência financeira, com o
objetivo de "enviar o dinheiro que possuía na Suíça para o Brasil, pois
estava encerrando sua carreira". No entanto, segundo o juiz, não há registro
no Sistema de Informações do Banco Central (SISBACEN) da entrada desses valores
no país.
De acordo com a sentença, publicada no site oficial do TRF,
Assis precisará cumprir cinco anos e cinco meses de reclusão em regime
semiaberto. A pena inclui o pagamento de 40 salários mínimos da época de um dos
casos, maio de 2004, e mais 15 salários mínimos de outra acusação, de dezembro
de 2003.
Fonte: Site Correio do Povo
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