Pesquisar este blog

quarta-feira, abril 18

Advogado critica repercussão da condenação de Assis Moreira



O advogado do empresário Roberto de Assis Moreira, Sergio Felício Queiroz, criticou a repercussão da condenação do irmão do jogador Ronaldinho Gaúcho – sentenciado por lavagem de dinheiro e sonegação de impostos. "Não entendo a razão para o alarde da imprensa sobre esse caso. Acho que é um abuso contra a pessoa do Assis. Esse tipo de condenação não é inédita no Brasil. Já existiram outros casos assim", resumiu em entrevista ao site do Correio do Povo nesta quarta-feira.

Questionado sobre a possibilidade de Assis se manifestar, Queiroz foi taxativo. "Não existe uma razão para ele conversar com a imprensa neste momento. Pretendemos entrar com um recurso legal no prazo da lei para reverter essa decisão da Justiça", acrescentou o advogado.

O irmão e empresário do meia Ronaldinho, Roberto de Assis Moreira, foi condenado a cinco anos de prisão por lavagem de dinheiro e sonegação de impostos, de acordo com decisão publicada na quinta-feira da semana passada pelo juiz  da 1ª Vara Federal Criminal de Porto Alegre, especializada em crimes contra o sistema financeiro.

Segundo a denúncia, o empresário teria contribuído para que fossem ocultadas do Banco Central informações referentes a operações de câmbio para transferências de dinheiro do exterior para o Brasil, um valor estimado em 880 mil dólares, junto à sociedade LESPAN S/A., uma casa cambial com sede em Montevidéu, no Uruguai, a qual operaria sem autorização.

Ainda conforme a denúncia, Assis manteve depósitos de cerca de 455 mil dólares em uma conta na Suíça, nos anos de 2002 e 2003, sem declará-los ao Banco Central. O documento ainda relata que, entre os meses de fevereiro e dezembro de 2003, pelo menos, ocultou movimentações e propriedade de um montante de R$ 776.480,28.

Segundo o juiz, Assis foi ouvido pela polícia durante a investigação. A alegação do empresário sobre o dinheiro investido e impostos sonegados é que eles tinham origem em sua carreira como jogador de futebol profissional na Europa, e que, por isso, manteve conta junto ao banco suíço. Assis confirmou ter ordenado operações de transferência financeira, com o objetivo de "enviar o dinheiro que possuía na Suíça para o Brasil, pois estava encerrando sua carreira". No entanto, segundo o juiz, não há registro no Sistema de Informações do Banco Central (SISBACEN) da entrada desses valores no país.

De acordo com a sentença, publicada no site oficial do TRF, Assis precisará cumprir cinco anos e cinco meses de reclusão em regime semiaberto. A pena inclui o pagamento de 40 salários mínimos da época de um dos casos, maio de 2004, e mais 15 salários mínimos de outra acusação, de dezembro de 2003.

Fonte: Site Correio do Povo 

Nenhum comentário: