Os advogados do bicheiro Carlinhos Cachoeira entraram nesta
segunda-feira (9) com pedido de liberdade no Superior Tribunal de Justiça
(STJ).
Suspeito de chefiar uma suposta quadrilha de jogo ilegla em
Goiás, ele está preso desde o dia 29 de fevereiro.
No final de março, Cachoeira já teve um pedido de liberdade
negado pela Terceira Turma do Tribunal Regional Federal da 1ª Região. A defesa
alegou que o bicheiro não tem antecedentes criminais.
A defesa também aguarda a decisão da 11ª Vara Criminal da
Justiça Federal de Goiás sobre o pedido de remoção de Cachoeira do presídio
federal de segurança máxima de Mossoró (RN). Preso em Goiânia, ele foi
transferido para o presídio federal por razões de segurança. A definição sobre
a transferência deve sair após análise do pedido pelo MInistério Público de
Goiás.
De acordo com a advogada Dora Cavalcanti, que atua no caso,
a prisão é "duplamente ilegal", porque não se enquadra em um caso
extremo e não deveria ser efetivada em um presídio de segurança máxima.
Cachoeira foi preso em casa, em Goiânia, pela Polícia Federal, durante a
Operação MonteCarlo.
"Alguém só pode ficar perso antes do processo quando há
requisitos de necessidade extrema. Essa prisão tem raiz no mérito da questão.
Está havendo uma confusão entre prisão pena e prisão cautelar", disse a
advogada.
Vazamentos
No habeas corpus apresentado ao STJ, a defesa contesta ainda
os vazamentos de escutadas telefônicas e informações do processo, que tramita
em segredo de justiça. Os advogados pediram que a Justiça Federal de Goiás,
onde corre o processo, investigue se houve quebra de sigilo.
"O que não entendemos é como um processo que está sob
sigilo tem grampos circulando tanto. Tem coisas sendo publicadas pela imprensa
que nós não tivemos acesso ainda", argumentou a advogada de Cachoeira.
Fonte: Site G1
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