Dois médicos de Montenegro, na Região do Vale do Caí (RS)
foram indiciados pela morte de um paciente por gripe A H1N1. O adolescente de
15 anos morreu no dia 17 de julho, logo depois de passar pela quarta consulta
no Hospital Municipal de Montenegro.
Após investigação da Polícia Civil, os médicos foram
indiciados por homicídio culposo por negligência. O garoto passou por três
consultas sem que o exame para verificar se ele estava com o vírus H1N1 A fosse
solicitado. O antiviral Tamiflu também não foi receitado nem administrado. A
polícia não quis revelar os nomes dos médicos, preferindo aguardar a primeira
decisão judicial sobre o indiciamento.
O paciente esteve no hospital e foi atendido nos dias 8,14,
15 e 16 de julho. Apenas na última vez o exame de gripe A foi pedido. Como
havia remédio em estoque, o delegado Marcelo Farias Pereira entendeu que partiu
exclusivamente dos profissionais a decisão de não fornecer o medicamento. Se os
médicos forem condenados, o crime prevê pena de 1 a 3 anos de prisão.
"O paciente reclamava de dor de cabeça, dor no corpo,
falta de ar, mas os médicos pensavam que era um processo alérgico por um
medicamento que ele havia tomado. Coletamos os prontuários e entendemos que
houve negligencia", explicou o delegado Marcelo Farias Pereira.
A Secretaria Estadual da Saúde do RS confirmou mais duas
mortes por gripe A H1N1. De acordo com o boletim atualizado, o total de vítimas
subiu para 61 no estado. As últimas mortes ocorreram no dia 15 de agosto em
Parobé e em Pelotas.
Em Parobé, no Vale do Paranhana, uma mulher de 40 anos não
vacinada morreu devido à doença. A outra morte foi em Pelotas, na Região Sul,
de uma mulher de 52 anos, também sem vacina.
O total de casos notificados de gripe A H1N1 subiu de 452
para 463, também conforme o boletim atualizado da Secretaria da Saúde.
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