Foi condenado a 24 anos e três meses de prisão, em regime
fechado o médico angiologista, Francisco Martins de Castro, pela prática de
abuso sexual. A denúncia chegou à 2ª Promotoria de Justiça Criminal de Rio
Grande através dos relatos de uma senhora que disse ter sido abusada
sexualmente. Depois disso, outros casos foram relatados à Promotoria e após
tramitar pela Justiça, no último dia 30 de setembro, foi publicada a decisão do
juiz Ricardo Arteche Hamilton.
De acordo com a promotora de Justiça que recebeu a primeira
denúncia, Nathalia Swoboda Calvo, constam no processo seis fatos denunciados
por diferentes vítimas. Dos processos que correram na 2ª Vara Criminal de Rio
Grande, quatro casos de abusos foram confirmados. O médico foi absolvido de uma
das acusações. Outro fato, que instituía a punibilidade da vítima, já foi
recorrido pela Promotoria e aguarda julgamento no Tribunal de Justiça.
O angiologista de 58 anos está preso desde 14 de março.
Embora tenha entrado diversas vezes com pedido de revogação da prisão
preventiva a solicitação não foi aceita.
Contraponto
Aury Lopes Júnior |
Segundo o advogado de defesa, Aury Lopes Júnior, a parte
recorrerá da decisão do juiz nos próximos dias pedindo a reexaminação das
provas e buscando a absolvição do médico. “A questão não foi bem tratada,
analisada. A defesa vai recorrer por acreditar que não há provas para
condenação, ainda mais nesse patamar de condição”, diz.
Relembre
Na época, as denúncias sobre o caso de abuso sexual
envolvendo um médico rio-grandino chegaram a 11 vítimas. A delegada Caroline de
Bem, titular da Delegacia para a Mulher, resolveu investigar as primeiras
denúncias e descobriu que o médico mandava as mulheres trocarem de roupa e vestir
um jaleco em sua frente, e aplicava uma injeção que as deixava
semi-inconscientes e depois as abusava sexualmente.
A substância injetada, segundo relato das vítimas, deixava
as pacientes incapazes de qualquer forma de reação, mas não lhes tirava
totalmente a consciência de forma que elas viam tudo acontecendo. Durante
cumprimento de busca, a polícia encontrou no consultório do angiologista
vaselina sólida, uma calcinha, géis de massagem e CDs musicais diversos. No
local também tinham prontuários de atendimento constando o nome de algumas das
vítimas. Outros indicavam a transferência de pacientes da Santa Casa para o consultório.
Com base nas acusações a Justiça decretou a prisão preventiva do acusado no dia
14 de março e ele foi encaminhado à Penitenciária Estadual de Rio Grande (Perg).
Fonte: Site Diário Popular
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