A Justiça quebrou o sigilo bancário do goleiro Bruno
Fernandes, acusado do sequestro e morte de sua ex-amante Eliza Samudio, de 24
anos. As informações podem servir para comprovar a ligação do atleta com o
crime.
José Patrício/AE
"Julgamento de Bruno está marcado para março"
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A decisão atendeu a pedidos do Ministério Público Estadual
(MPE) e da família de Eliza, que não era considerada oficialmente morta. Porém,
o braço direito de Bruno, Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão, foi
condenado por um júri popular em novembro passado a 12 anos de prisão pelo
assassinato da jovem.
Para Marixa, apesar de a lei não prever a emissão da certidão
de óbito, a decisão do júri pela condenação de Macarrão é soberana e suficiente
para que a família possa obter o documento, necessário para, por exemplo, algum
tipo de reparação cível ou para garantir direitos ao filho que ela teve com o
goleiro.
"Se já existe uma decisão que reconhece a morte da
vítima, não faz sentido determinar que seus genitores ou seu herdeiro percorram
a via crúcis de outro processo para obterem outra sentença judicial que declare
a morte de Eliza Samudio", afirmou a magistrada.
A magistrada ainda vai analisar recurso que pede a anulação
do julgamento apresentado por outra namorada de Bruno, Fernanda Gomes de
Castro.
Ela foi condenada no mesmo julgamento de Macarrão a cinco
anos de prisão em regime aberto pelo sequestro e cárcere privado de Eliza. O
MPE também recorreu da decisão, mas pede apenas a mudança para que a pena seja
cumprida em regime fechado.
Bruno, o ex-policial civil Marcos Aparecido dos Santos, o
Bola, e a ex-mulher do goleiro, Dayane Rodrigues do Carmo, também deveriam ter
sido julgados na ocasião, mas, após uma série de manobra dos advogados de
defesa dos acusados, Marixa determinou o desmembramento do processo.
Bola é acusado do assassinato e ocultação de cadáver de
Eliza e Dayane, pelo sequestro e cárcere privado do filho da vítima com o
goleiro. O julgamento deles está marcado para o início de março.
Fonte: O Estadão
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