Como agente político, a vereadora tem foro privilegiado e
por isso deve ficar presa em uma cela especial ou em um quartel. Em respeito ao
Código Penal, ela foi transferida para o quartel do Corpo de Bombeiros da
cidade.
A parlamentar está presa desde quarta-feira (2) e o advogado
que a representa, Pablo Milanese, chegou a protocolar um pedido de liberdade
provisória que foi negado. Agora, ele deve recorrer da decisão que a manteve
presa. “Nós ainda não temos conhecimento do teor, mas vamos ter contato com a
decisão e ver como agir”, afirmou Milanese.
A fraude
Ana Maria, que foi eleita para o terceiro mandato nas
eleições de outubro de 2012, sumiu por volta das 18h depois de sair do Cine
Teatro Ópera, onde foi realizada a cerimônia de posse dos vereadores, prefeito
e vice-prefeito eleitos. Do teatro, ela deveria ter ido para a Câmara Municipal
para participar da eleição da Mesa Diretora, mas não apareceu.
A ausência da vereadora acabou suspendendo a votação. Alguns
parlamentares se negaram a dar início à eleição, sem a presença da colega.
Na tarde de quarta-feira, a vereadora apareceu na Santa Casa
de Misericórdia, demonstrando-se atordoada. Ela recebeu atendimento médico e
foi transferida para o Hospital Regional da cidade de onde saiu direto para a
13ª Subdivisão Policial.
De acordo com a polícia, a vereadora forjou o próprio
sequestro para não participar da votação da Mesa Executiva. O motivo exato
ainda é desconhecido, já que ela recorreu ao direito de se manifestar apenas em
juízo. Além de Ana Maria, outras quatro
pessoas são suspeitas de envolvimento na fraude. O inquérito policial apontou
que elas devem responder pelos crimes de formação de quadrilha, fraude
processual e falsa comunicação de crime.
Votação adiada
Após adiarem por duas vezes a sessão que escolheria o novo
presidente da Câmara de Vereadores, na quinta-feira (3), os colegas de Ana
Maria escolheram o nome do parlamentar Aliel Machado (PC do B) para comandar a
Casa.
Logo no primeiro discurso como presidente da Câmara, Machado
defendeu que os colegas investiguem o caso da vereadora presa. “Temos muito o
que descobrir e saber os motivos que levaram a vereadora a cometer um ato que envergonhou
a cidade de Ponta Grossa a nível nacional”, declarou.
Fonte: Site G1
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