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terça-feira, abril 23

MP analisa pedido de liberdade de vocalista de banda que tocava na Kiss



Promotor diz que parecer será dado até quarta-feira (24).
Advogados dos réus têm até 29 de abril para apresentarem defesa.

O Ministério Público analisa o pedido de liberdade do vocalista da banda Gurizada Fandangueira, Marcelo dos Santos, um dos oito denunciados pelo incêndio de 27 de janeiro na boate Kiss, que deixou 241 mortos em Santa Maria, Região Central do Rio Grande do Sul. Conforme o promotor Joel Dutra, o advogado Omar Obregon entrou com o pedido na semana passada. Os advogados dos réus têm até 29 de abril para apresentarem suas defesas à Justiça.

"Entre hoje e amanhã devemos terminar a análise para dar o parecer", disse o promotor ao G1 nesta terça-feira (23). O prazo de 10 dias para os réus no caso se defenderem começou a valer no dia 19 de abril. As denúncias do Ministério Público (MP) foram feitas no dia 2 de abril, mas a Justiça aguardou a notificação oficial do último réu para abrir as manifestações.
O advogado do vocalista da Gurizada Fandangueira foi o único a se manifestar até o momento, segundo o promotor. À época das denúncias, Omar Obregon disse ao G1 que seu cliente não deveria seguir preso. "Não vejo fundamento em ele seguir preso. Marcelo não se trata de uma pessoa perigosa. Ele mesmo já afirmou que jamais voltará a tocar. É o direito à liberdade de qualquer cidadão. Ele não está condenado ainda. Sem provas, não há condenação”, argumentou.

O Ministério Público aguarda as defesas dos advogados dos outros réus para se manifestar sobre cada um dos pedidos no mesmo período. "Nesse caso, como o defensor entregou antes, vamos nos manifestar somente sobre a liberdade. Veremos as colocações junto com as outras", explicou o promotor.

Após o parecer do MP, o pedido será analisado pelo juiz Ulysses Louzada, da 1ª Vara Criminal de Santa Maria, que decidirá sobre a manutenção ou não da prisão. O promotor Joel Dutra entende que o vocalista da banda deve continuar na prisão. "Nós entendemos que não houve nenhuma alteração dos motivos pelos quais ele foi preso", justificou.

O juiz aceitou na totalidade a denúncia do Ministério Público contra oito pessoas no incêndio na Kiss. Quatro deles foram denunciados por homicídio doloso. Além do vocalista, também estão presos o produtor da banda, Luciano Augusto Bonilha Leão, e os dois sócios da boate, Elissandro Callegaro Spohr e Mauro Londero Hoffman. Conforme o magistrado, o processo será julgado em Santa Maria. Com isso, os envolvidos no caso viraram réus e serão julgados. Louzada já se manifestou favorável ao júri popular.

Fonte: Site G1 RS

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