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segunda-feira, agosto 19

MP recorre para manter pena de prisão de ex-servidores do Daer

A Promotoria de Justiça Especializada Criminal - Setor de Combate aos Crimes Licitatórios ajuizou recurso à decisão da 5ª Vara Criminal para aumentar as penas aplicadas aos condenados Emir José Masiero, Paulo Sérgio Vianna Aguiar, Fernando Freitas Kniphoff (ex-servidores do Daer) e José Afonso Ribeiro Velho (Diretor da Empresa Engebrás no RS).  

A pena de prisão em regime aberto pelos crimes de fraude em licitação e peculato, de seis anos e oito meses, havia sido convertida em prestação de serviços comunitários, pagamento de multa pecuniária de 20 salários mínimos e de 2% do valor do contrato fraudado, estimado em R$ 13 milhões. 

No recurso, a Promotora de Justiça em substituição, Daniele Schneider, pede que as penas sejam aumentadas, somadas, e que a pena privativa de liberdade não seja substituída pela restritiva de direitos.  Daniele Schneider enfatiza que “os fatos foram praticados por dirigentes de autarquia estadual, cujos cargos exigiam rigorosa probidade de condutas, servindo, inclusive, de exemplo”. 

Ela segue: “além disso, foram realizados mediante prévio conluio entre o público e o privado, beirando à formação de quadrilha e revelando induvidosa ousadia ao persistirem na prática dos crimes, com a prorrogação dos contratos que lhes garantiam proveito econômico. Esse último aspecto externa, também, a certeza de impunidade que pairava no consciente dos apelados”.  

A fraude dos pardais consistiu na entrega de equipamentos anunciados como novos, mas contendo peças já utilizadas, o que facilitaria o superfaturamento. Além disso, houve direcionamento das licitações para a compra e gerenciamento dos controladores de velocidade nas rodovias gaúchas. O prejuízo é estimado em R$ 13 milhões.


Fonte: Ministério Público do Rio Grande do Sul

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