(Foto: Luiza Carneiro/G1 |
O incêndio na madrugada do dia de janeiro matou 242 pessoas. Desde junho, sobreviventes do incêndio participam das oitivas do processo criminal. Eles foram indicados pelo Ministério Público e assistência de acusação como vítimas no processo. Até agora, mais de 50 clientes e ex-funcionários da boate já prestaram depoimento.
Durante a oitiva de Pasche, o gerente da boate Kiss disse que Mauro Hoffmann nao participava das decisoes da boate, principalmete das reformas. A promotoria contestou dizendo que em depoimento na delegacia ele havia afirmado que Mauro participava.
"Eu não li meu depoimento, assinei sem ler. Dei meu depoimento na delegacia, mas depois fui questionado mais um pouco pelo delegado Sandro Meinerz, e ele me disse que era só uma conversa informal", lembrou Pasche.
"Há coisas ali que eu não disse, ele interpretou da sua maneira", afirmou.
O nome de Pasche foi citado diversas vezes por ex-funcionários da boate durante as primeiras audiências em Santa Maria. Ele chegou a ser indiciado por homicídio pela Polícia Civil na conclusão do inquérito, mas teve a denúncia arquivada pelo Ministério Público. Além dele, Ruan Bolzan Martins, que estava na casa notunra, também prestou depoimento.
Ruan, de 19 anos, foi o primeiro a falar nesta segunda.
O estudante afirmou que a boate estava lotada no dia do incêndio que matou 242 pessoas. "Estava muito cheio, não dava para se mexer. Fui com dois amigos que morreram", contou o jovem. O jovem ficou 13 dias internado em um hospital de Porto Alegre.
Ele sofreu queimaduras na traqueia e nos pulmões. "Estou tratando com um pneumologista. Tento levar minha vida da melhor forma possível", disse Ruan sobre o tratamento.
Apesar das dificuldades encontradas no dia da tragédia, Ruan afirmou que a boate era o melhor lugar para se sair à noite em Santa Maria. Ele não presenciou o inicio das chamas.
Até a próxima semana, o juiz Ulysses Louzada, responsável pelo caso, divulgará o cronograma com a nova rodada de depoimentos. Pelo menos mais 60 sobreviventes, cujos nomes foram indicados pelos advogados de defesa de dois dos quatro réus, serão intimados.
No início do mês, dois membros da banda Gurizada Fandangueira foram ouvidos na Comarca de Rosário do Sul, na Região Central do estado.
O baterista Eliel Bagesteiro de Lima e o guitarrista Rodrigo Lemos Martins relataram à juíza Juliana Tronco Cardoso o que viram na noite da tragédia. Segundo as investigações, o incêndio na danceteria começou com uma apresentação pirotécnica durante o show do grupo.
Fonte: Site G1 RS
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