O Conselho de Sentença do 3º Tribunal do Júri de Niterói, do
Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, condenou o tenente da Polícia
Militar Daniel dos Santos Benitez Lopez a 36 anos de reclusão pelo assassinato
da juíza Patrícia Acioli, ocorrido em agosto de 2011. A sentença foi proferida
no fim da noite desta sexta-feira, dia 6 de dezembro.
O réu foi condenado em
regime inicialmente fechado pelos crimes de homicídio triplamente qualificado
(motivo torpe, assegurar a impunidade de outros crimes e emboscada) e por
formação de quadrilha. Também foi decretada a perda da função pública do
tenente da PM. Na sentença, o juízo da 3ª Vara Criminal de Niterói classificou
Benitez como indivíduo de personalidade complexa e distorcida.
Qualificou,
ainda, o crime como um atentado à ordem pública e ao estado democrático de
direito, ainda mais se levarmos em conta tratar-se de oficial militar que
deveria, no exercício de suas funções, andar lado a lado com o Poder
Judiciário.
No seu interrogatório, o réu negou todas as acusações que lhe foram
feitas nos autos do processo.
Segundo sua versão, na noite de 11 de agosto de
2011, ele encontrava-se no bairro de Laranjeiras, na zona sul no Rio, na companhia
de uma amiga, quando teria recebido uma ligação do também policial militar
Jefferson de Araújo Miranda, já condenado no processo, para investigar um
eventual crime militar envolvendo o cabo da PM Marcelo Poubel.
Benitez teria, então, dirigido-se, no próprio carro,
até a Praça do Barreto, na zona norte de Niterói, onde já o aguardavam, além de
Jefferson, os também policiais Sérgio Costa Junior, Junior Cesar de Medeiros e
Handerson Lents Henriques da Silva. Benitez afirmou, ainda, que foi levado até
a casa da juíza, em Piratininga, sem saber de que participaria de um
assassinato, acrescentando que teria sido vítima dos demais PMs.
Fonte:
Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro
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