O titular da 2º Delegacia de Repressão ao Roubo de Joias da Polícia Civil de São Paulo, José Antônio do Nascimento, afirmou na tarde desta terça-feira que o assalto a joalherias é "o crime da moda". Segundo o policial, a própria divulgação maciça deste tipo de ação criminosa ajuda na proliferação deste tipo de delito.
"As notícias sobre os assaltos dão a sensação ao criminoso de que ele pode praticar estes assaltos", disse o delegado. Apesar de admitir a "onda" de assaltos a joalherias, Nascimento declarou que, de nove assaltos registrados em 2010, cinco foram esclarecidos.
Ele afirmou que no caso do shopping Ibirapuera houve a prisão de um e o reconhecimento de outro do grupo de até seis assaltantes "Estamos em vias de prender um ou mais integrantes nos próximos dias", disse. A ação aconteceu em 3 de julho, quando o grupo invadiu uma loja que vende joias e relógios de marcas de luxo.
A prisão de um suspeito de 20 anos na noite de segunda-feira, na zona sul de São Paulo, foi um pouco problemática. Percebendo ação policial, o suspeito teve tempo de entrar no carro e dar a marcha ré na direção dos policiais que tentavam detê-lo. Uma viatura foi atingida. Percebendo que o suspeito tinha uma arma, os policiais dispararam antes e o feriram de raspão no dedo indicador e na cabeça.
Com ele, foram apreendidos R$ 9.242, quantia que faria parte do que foi pago pela participação no assalto à joalheria. Segundo a polícia, cerca de 100 peças foram roubadas e o valor total que teria sido obtido pelo roubo seria de R$ 70 mil, muito abaixo do preço de mercado, segundo Nascimento.
"O valor pago pelo receptor é sempre muito menor que o de mercado", afirmou o delegado. Entre as medidas tomadas pelos proprietários de estabelecimentos que comercializam joias, o delegado cita o caso da loja do centro comercial Campo Limpo, que trabalha apenas com réplicas e teve um prejuízo de apenas R$ 2 mil reais em um assalto no último final de semana, contra mais de R$ 2 milhões nos casos da Tiffany e da Rolex.
{Fonte: Redação Terra}
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